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Enviada em: 24/08/2018

É possível afirmar que, nos últimos anos, a economia colaborativa se tornou tendência, através da revolução digital, em vários países do mundo, inclusive no Brasil. Diante de um mercado corroído pela inflação, juros altos e redução do poder de compra, a economia compartilhada apresenta uma nova perspectiva de consumo, a qual prioriza o acesso em detrimento da aquisição, além de descentralizar funções convencionais. Dessa forma, devido a importância e aos benefícios proporcionados por esse avanço do capitalismo, cabe avaliar os fatores que favorecem o quadro, como a acessibilidade que propiciam aos usuários dos serviços e os avanços econômicos gerados pelos aplicativos.     Em primeira análise, é preciso compreender que, mediante o intenso uso das redes sociais, dispositivos e suportes móveis, essa nova tendência utiliza a inteligência coletiva para solucionar problemas e tornar o acesso fácil aos interessados. Sendo assim, o celular e a internet bastam para que os aplicativos se tornem populares e acessíveis, como a plataforma AIRBNB, a qual oferece serviço online para anúncios e reservas de acomodações e meios de hospedagem. Atualmente, está presente em 190 países e acumula 60 milhões de hóspedes, o que evidencia a sua importância, assim como a de outros programas colaborativos que prestam serviço a nível internacional.     Em segunda análise, há uma flexibilidade financeira no mercado, uma vez que viabiliza o acesso para o tamanho da sua necessidade e monetiza o estoque ocioso, evitando perdas de capital por meio do respeito às leis de oferta e procura. Deste modo, integrando fatores sociais, econômicos e tecnológicos, a economia guiada pela colaboração é responsável por gerar U$ 15 bilhões na Receita Anual Global, segundo pesquisas realizadas pela Folha Uol. Entretanto, esse sistema, apesar de já imprescindível, deve ser submetido a medidas que o aperfeiçoem.     Diante dos fatos supracitados, é necessário que o Poder Legislativo adore medidas para que a uberização continue sendo uma das principais bases da economia atual. Esse órgão deve elaborar uma legislação que atenda as necessidades desse novo mercado, já que, por ser uma tendência moderna, não se enquadra em vários pontos da lei, como a não garantia de todos os direitos trabalhistas aos que constituem o corpo empresarial. Aliado a isso, é importante também que os aplicativos adotem medidas que aumentem a confiança dos consumidores, com um sistema melhor de avaliação dos clientes e trabalhadores, afinal 83% dos usuários acreditam que a confiança é a base da economia colaborativa. Assim, espera-se que a economia de compartilhamento continue em crescimento nos próximos anos.