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Enviada em: 05/04/2017

O sistema capitalista liberal, intensificado no século XX nos Estados Unidos, se espalhou pelo mundo. Assim, vivemos hoje um de seus efeitos: a sociedade do consumo, onde consumo gera emprego, que por sua vez gera renda e nos dá possibilidade de usarmos o dinheiro obtido para consumir. Somos incentivados pelos meios de comunicação a manter esse ciclo. Porém, uma dúvida assola o atual modelo econômico e social: temos recursos, como sociedade e individualmente, para manter esse estilo de vida? Entende-se que não ao analisarmos o passado e criarmos projeções do futuro do capitalismo. Contudo, o sistema continua em vigor e a sociedade se organiza de forma que possa lidar com as problemáticas do modelo sem abandoná-lo. É exemplo disso a crise de 29, em que medidas liberais foram substituídas por monopolistas. Hoje, no Brasil, enfrentamos a possibilidade de aquisição dificultada por fatores como inflação e instabilidade política. Faceamos também como ponderar esses problemas e valores como status e ostentação.  Convém lembrar que é essa procura por equilíbrio e responsabilidade ao consumir que nos levou a conceitos como sustentabilidade e economia colaborativa. São alternativas. A grosso modo, não fosse o iminente esgotamento dos recursos naturais, não pensaríamos em sustentabilidade. Analogamente, se as possibilidades de consumo fossem melhores não cogitaríamos compartilhar bens e serviços. Essas tendências surgem da necessidade da resolução de problemas e continuidade do ciclo de consumo. Concluímos que, se pedimos “Tem açúcar?” (Como no nome de um aplicativo nacional de colaboração, com mais de 128.000 usuários), é porque não o temos em casa e comprar um saco no mercado é excessivo e caro, é porque precisamos de açúcar e não nos importamos de pedir ele a um vizinho. A economia colaborativa é uma tendência justamente porque surge atualíssima, adaptável e sustentável para resolver os problemas contemporâneos.