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Enviada em: 22/06/2017

"Se a natureza fosse um banco, já teria sido salva." Infelizmente, a partir da premissa sentenciada por Eduardo Galeano, infere-se que as relações econômicas estão sendo preponderantes até ao meio ambiente. Nesse contexto, em prol de minimizar tal situação e valorizar a tríade da economia, sociedade e meio ambiente, surgiu a economia colaborativa, tendência que vem se perpetuando no século XXI.     A partir da crise mundial de 2008, seria incoerente estimular o sistema baseado em compras desenfreadas enquanto muitos países estavam endividados e com altos índices de desemprego. Porém, como já diria o mais célebre cientista do século XX, Albert Einsten, no meio da dificuldade reside a oportunidade. Visando reduzir os impactos dessa conjuntura, a economia compartilhada surgiu como uma forma de oportunizar a valorização do mercado e minimizar os impactos ambientais gerado pelo consumo exacerbado. Como exemplos que já se tornaram recorrentes, têm-se aplicativos de caronas, como a empresa mundial Uber, e brechós online de roupas que possibilitam a troca de peças ou a compra por preços acessíveis. Logo, a economia colaborativa foi uma oportunidade de ascensão social em meio à dificuldade econômica enfrentada pelo mundo inteiro.      Todavia, há quem diga que tais serviços colaborativos acarretam uma maior estagnação econômica. Tal argumento é inválido, visto que, na atual conjuntura, não é possível pensar no desenvolvimento de um país de forma estritamente econômica, mas sim no conceito de desenvolvimento sustentável, que consiste em suprir as necessidades da geração atual sem comprometer as futuras. Além disso, existem empresas no ramo da economia compartilhada que já são multinacionais, a exemplo da própria Uber, que já atua em mais de 70 países. Em vista disso, fica clara a importância da economia colaborativa para sustentar uma forma de produzir que ao mesmo tempo seja mais sustentável e humana e também gere movimentações financeiras.     Fica evidente, portanto, que a economia colaborativa é uma tendência que deve ser expandida. Cabe ao poder público financiar campanhas na televisão, rádio e internet que divulguem à população empresas que prestam tais serviços compartilhados, em prol de que esse mercado seja expandido. Paralelamente a isso, as escolas devem trabalhar nas aulas já das séries inicias a importância do consumo consciente para a preservação do planeta, fazendo com que esse valor venha a ser naturalizado nos "consumidores do futuro". Só assim a economia colaborativa estará, de fato, contribuindo para o desenvolvimento de uma forma sustentável e consciente.