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Enviada em: 26/08/2017

No século XVIII, com a criação de vários mecanismos, tais como a máquina a vapor, a produção industrial pôde crescer exorbitantemente. Consequentemente, assim como previsto por Adam Smith, a oferta cresceu aquém à demanda, fazendo com que o preço caísse e a acessibilidade desses produtos aumentasse. Contudo, esse alto consumo fez com que a população compre não por necessidade, mas por inconsequência. Destarte, esses consumidores dispõem de mais do que podem usar, estimulando a Economia Colaborativa a fim de livrar-se do fetichismo e de pôr uso a todos esses produtos.      Karl Marx, filósofo prussiano do século XVIII, expusera as incoerências do capitalismo e, assim, evidenciou a problemática do fetichismo da mercadoria. Nesse conceito, os seres humanos são cegados pelos preços dos produtos, esquecendo-se que por trás desses números existem exaustivas horas de trabalho. Outrossim, o consumidor é aliciado pela subjetividade do que tal produto pode oferecer, seduzindo-o à compra compulsiva de artefatos inúteis e tornando, portanto, imperativo a disposição massiva desses produtos.      Concomitantemente à ação de dispô-los, a utilidade dessas mercadorias será melhor aproveitada por outro. Aliás, algumas peças são inevitavelmente inúteis - como vestidos de festas, que geralmente são vestidos somente uma vez - e precisam ser repassadas para outros. Nesse contexto, a internet se mostra como a ferramenta indispensável para que essas trocas possam ser feitas de forma mais eficaz, uma vez que somente por meio dela é possível pessoas que não se conhecem se conectarem tão rapidamente com um só objetivo em mente: o mútuo benefício da troca.      Fazem-se, à vista dessas considerações, necessárias medidas para que essa tendência hodierna torne-se cada dia mais real. Para tanto, o empreendedorismo de pessoas no ramo tecno-comunicativo a partir da criação de aplicativos que ofereçam a plataforma necessária para facilitar esses trocas deve ser reconhecido e estimulado. Nesse sentido, o Ministério da Tecnologia e Comunicação deve investir nesses pequenos projetos a fim de expandi-los pelo território nacional. Ademais, o Poder Legislativo deve fomentar a aprovação de leis que diminuam a burocracia e os impostos taxados em cima desses empreendedores para que essas pequenas ideias possam crescer sem tais empecilhos.