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Enviada em: 19/06/2018

Na Grécia antiga, as crianças eram educadas seguindo as tradições religiosas. Já na Idade Média, o estudo era limitado aos membros da igreja. E somente na Europa do século XVII é que esse modelo atual, com alunos e professores, foi criado. No entanto, apesar de todo indivíduo ter direito à educação, hoje, o Brasil não está preparado para lidar com a violência no ambiente escolar. Por isso, analisar os elementos sociais e comunicacionais é essencial para enfrentar esse preocupante problema social.     A princípio, problemas familiares causam impactos na manifestação violenta dos jovens. Em virtude disso, muitos deles ao presenciar ou sofrer atos de agressão no ambiente familiar, tendem a apresentar um comportamento agressivo nas escolas, segundo a psicóloga Rita Calegari, do Hospital São Camilo de São Paulo. Somado a isso, a privação afetiva também prejudica a formação da personalidade e do caráter e, então podem recorrer à hostilidade como forma de chamar atenção para receber afeto. Assim, um adolescente que não é educado para respeitar os outros, a partir das noções de valores e cidadania, busca satisfazer suas vontades e, quando isso não acontece, ela se torna violento, por possuir a violência como valor principal em sua personalidade.    Outrossim, a mídia é um instrumento que pode contribuir para a reprodução dos atos violentos. Dessarte, os mais novos se espelham em tipos vinculados por meio da imprensa televisada, além da internet, que por abordarem cenas de criminalidade de forma empolgante, com distorções significativas da realidade, colaboram para que seja vista de forma natural. Nesse sentido, analogamente a este fato, a violência nos colégios se dá por meio de intimidações físicas e verbais, como a prática do bullying, até a degradação ou de depredação do espaço físico. Deste modo, faltam modelos humanamente adequados aliados na mídia, ou seja, não-violentos, para que os jovens possam segui-los como exemplos positivos e dignos.    É indubitável, portanto, que a violência escolar, no país, é significativa e, por isso, medidas precisam ser tomadas para resolver a atual conjuntura. Dessarte, a Secretaria Estadual de Educação junto às entidades da sociedade civil, devem criar um núcleo permanente interdisciplinar, com psicólogos e assistentes sociais, que ofereçam suporte às vítimas e resolutividade dos problemas, para fazer com que a própria existência do Estado se justifique. Outrossim, as instituições escolares devem se adequar às diretrizes do Ministério da Educação e elaborarem um projeto que traga na formação dos educadores competências socioemocionais para o pleno desenvolvimento das crianças e dos adolescentes e, assim, buscar o preceito de Aristóteles no qual diz que a educação tem raízes amargas, mas os seus frutos são doces.