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Enviada em: 09/08/2018

Asas sem voo De acordo com Paulo Freire, importante educador e filósofo, a escola será cada vez melhor, na medida em que cada ser se comportar como colega, como amigo e como irmão. Adaptando esse pensamento ao cenário das escolas brasileiras, percebe-se a presença de falhas na qualidade de ensino, visto que tanto os órgãos gestores quanto a própria sociedade contribuem para essa situação. Com efeito, evidencia-se a necessidade de erradicar tais problemas, uma vez milhares de jovens são prejudicados com as más condições de educação. A Constituição Federal - promulgada em 1988 - assegura a educação como um direito fundamental, além de garantir o acesso de todos, todavia o Poder Executivo não realiza esta função com total eficiência. Exemplos disso são a falta de investimentos, a desvalorização do professor e a escassez de recursos para um bom desempenho do trabalho, impedindo o desenvolvimento de alunos matriculados em rede pública, que, muitas vezes são pressionados a abandonarem a escola por motivos socioeconômicos, e, até mesmo por questões de localidade. Dessa forma, a má gestão governamental afeta em larga escala a qualidade da educação, contribuindo para a geração de graves problemas. Ademais, vale ressaltar que essa situação também é corroborada por fatores sociais. Em um país onde a população é cada vez mais individualista, o diálogo se torna menos frequente e as relações sociais tendem a piorar, logo o ambiente escolar é alvo de constantes conflitos como: o bullying e os vários outros tipos de preconceito. Assim como Rubem Alves - psicanalista e educador - existem escolas que são como gaiolas e impedem os pássaros de voar, pois deixam de ter uma posição ativa e profilática, dificultando a compreensão a respeito dos jovens, ocultando qualquer tipo de problema. Nesse sentido, nota-se que inúmeros aspectos são responsáveis por tais falhas, todavia, além de reconhecer as causas e contribuições, é necessário implantar medidas de minimização dessa situação. É necessário, pois, que se elimine as questões negativas e retrógradas predominantes nas escolas brasileiras. Para tal, o Ministério da Educação, juntamente com o Ministério da Justiça, devem trabalhar criando programas de investimento na área, de modo que possibilitem desenvolvimento do ensino público no país, assim como o reconhecimento e a valorização dos professores, a fim de efetivar o direito fundamental. Concomitantemente, as escolas devem ter uma atuação mais engajada, promovendo palestras e atendimento psicológico, no intuito de identificar e tornar público os problemas entre os alunos. Para que, de fato, elas deixem de ser gaiolas e passem a ser asas, encorajando os jovens a voarem cada vez mais alto em busca de novos horizontes.