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Enviada em: 16/06/2017

A educação brasileira, sua formatação e seus entraves tem ganhado cada vez mais espaço nas discussões acadêmicas no País. É prudente destacar, no entanto, a grande distância que ainda sustenta em relação a parâmetros de qualidade que se poderia supor de uma nação emergente. A estreita relação entre o ambiente escolar e a violência, em suas mais diversas modalidades, além do pouco protagonismo nas agendas políticas despontam como principais problemas do atual cenário.     O que deveria ser o berço da construção intelectual e moral, potencial de mudança para ascensão social, as escolas, no Brasil, vem registrando vários episódios de violência. Correspondem desde agressões entre alunos por motivos banais até a atuação do tráfico de drogas, seja recrutando estudantes ou paralisando as aulas de milhares de crianças, quando de confrontos com a polícia em área urbana. Pesquisas contidas no anuário de segurança pública de 2015 apontam que mais de 15% dos diretores de colégios públicos já identificaram arma branca entre os alunos.     É fundamental perceber também que não há esforços para incrementar qualidade na educação, por parte das lideranças políticas. As estratégias são as mesmas, e o modelo educacional do País mostra-se estagnado. Realidade difícil de entender diante de exemplos de países latino-americanos que apresentam semelhantes indicadores socioeconômicos, mas que ocupam uma melhor posição quanto a qualidade de seu ensino e de profissionais especializados, é o caso do Chile.      Podemos inferir, portanto, que no caminho até o pleno desenvolvimento, o Brasil deverá passar a priorizar e a encarar com mais seriedade o projeto educacional da nação. Nesse ínterim, urgem medidas como a criação de órgãos setoriais de inspetoria e combate à violência nas escolas, pelo Ministério da Educação; exerceriam as atividades de fiscalização e produção de relatórios periódicos. Além disso, é necessária uma atuação incisiva do legislativo, no sentido de encaminhar projetos que objetivem a erradicação de analfabetos e o aprofundamento nas matérias de base.