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Enviada em: 13/09/2017

O Brasil é um dos países que mais investem em educação, com somas significativas advindas da arrecadação de impostos e da produção do PIB nacional, cujo valor alto contrasta com o reduzido IDH brasileiro. Esse fator caracteriza a realidade do país, na qual impasses prejudiciais ao desenvolvimento econômico da nação, tornam-se também nocivos à evolução de crianças e adolescentes, dependentes de um sistema de ensino que carece de melhorias e ampliações. Pode-se citar, por exemplo, a evasão escolar, a falta de infraestrutura dos prédios, a grade curricular que necessita de alterações e até mesmo fatores sociais, como o trabalho infantil e a desigualdade de renda.        Nesse contexto, é crescente o número de crianças e jovens que são obrigados a abandonar a escola devido à situações financeiras. Além do trabalho infantil, o qual estende-se até os estudantes de nível fundamental, jovens aptos a obter uma melhor formação por meio de cursos técnicos ou de graduação, não completam o ciclo básico de aprendizagem, e acabam, muitas vezes, em um mercado competitivo desproporcional ao seu nível de qualificação. Ademais, o desinteresse desencadeado por um currículo específico que exige muito do aluno, aliado à incompatibilidade do ensino médio à formação futura do cidadão e o não incentivo dos familiares, contribuem significativamente para os casos de evasão escolar.        Ainda assim, é notória a defasagem enfrentada por alunos de escolas públicas, o que pode-se comprovar nos resultados dos vestibulares mais concorridos do país. O número de ingressantes desse sistema de ensino ainda é baixo, e traduz uma realidade na qual o aluno frequenta a escola, mas não obtém formação suficiente para uma concorrência justa. Esse fator ocorre, muitas vezes, devido a superficialidade com que os assuntos são abordados, juntamente com má divisão do tempo útil em sala de aula e o despreparo dos pedagogos que, em sua maioria, não focam no desenvolvimento futuro do aluno. Além disso, a não disponibilização de disciplinas atrativas, como gastronomia, música, oficinas de teatro ou similares pode ser considerado um fator desestimulante ao estudante.         Portanto, conclui-se que o capital fornecido pelos Governos é suficiente. Todavia, a má aplicação e a carência de uma reformulação educacional são as responsáveis por esses obstáculos. Faz-se necessária, pelo Ministério da Educação, a implantação de escolas com turnos integrais vinculados ao ensino técnico, a fim de diminuir o número de jovens evasivos e fornecer uma amplitude de disciplinas com professores especializados. Além disso, a infraestrutura dos prédios deve ser melhorada, com adaptações e investimento em tecnologia, com o objetivo de tornar a escola um local mais confortável ao aluno.