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Enviada em: 09/10/2018

Parafraseando Confúcio, pensador e filósofo chinês, "Se queres prever o futuro, estuda o passado", os problemas gerados pela poluição do ar não são contemporâneos. Desde o advento da Revolução Industrial, entre os séculos XVIII e XIX, a emissão de poluentes passou a ser uma realidade adquirida através da substituição da manufatura pela maquinofatura. De maneira análoga, hodiernamente, observa-se que mesmo após avanços tecnológicos, o quadro de iniquidade persevera, tornando-se agravante para doenças respiratórias e causando significativos impactos ambientais.     Em primeiro plano, evidencia-se que a poluição do ar contribui diretamente para o aumento dos casos de doenças respiratórias, como apontado pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA). Vale ressaltar, ainda, que na década de 50 ocorreu na Europa o "Big Smoke", resultado da severa poluição existente combinado com uma área de alta pressão, impedindo a circulação do ar e matando cerca de dez mil pessoas. Portanto, fenômenos como a globalização e emissão de dióxido de carbono (CO2) contribuem seriamente para uma nova ocorrência do fato vivenciado pelos europeus. O aumento de doenças como asma, bronquite e câncer de pulmão tornam-se os primeiros sinais da gravidade acerca do problema.    Cabe salientar, outrossim, que além das adversidades relacionadas a saúde, os impactos ambientais também transformam-se em uma preocupação constante. Nesse sentido, podemos destacar a greve dos caminhoneiros, ocorrida em 2018, como um sinal de alerta. De acordo, com a Confederação Nacional de Transportes (CNT), 60% da carga transportada no Brasil é feita pelo modal rodoviário, responsável por emitir gases poluentes, como o CO2, a partir da queima de diesel. No entanto, o Brasil é precursor do desenvolvimento da tecnologia total flex, onde automóveis são capazes de operar com álcool e gasolina, sendo o primeiro menos poluente, desde sua obtenção até sua queima na utilização pelos tanques de combustível, tornando-se assim, ambientalmente mais sustentável.    Diante do exposto, percebe-se a necessidade de diminuir a emissão de gases poluentes. Cabe ao MMA o dever de criar políticas públicas que tenham por objetivo a melhoria da qualidade do ar atmosférico, como por exemplo, a obrigação da adoção do "IPTU Verde" por todas as cidades brasileiras, concedendo descontos para imóveis que possuem árvores plantadas no passeio, responsáveis por contribuir no processo de purificação do ar. Por fim, o Ministério dos Transportes deve investir na criação de ferrovias e hidrovias, modais que são menos poluentes e mais eficientes no transporte de cargas, evitando assim uma emissão desnecessária de gases que contribuem para o efeito estufa, auxiliando em uma melhor qualidade de saúde da população e do meio ambiente.