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Enviada em: 24/08/2017

A ascensão das indústrias a partir da Primeira Revolução Industrial foi um marco para o desenvolvimento tecnológico e capitalista, porém, a sua hegemonia nos centros urbanos da época, como Londres e Manchester, tornaram-os praticamente inabitáveis por conta da quantidade de poluentes tóxicos expelidos pelas chaminés das fábricas. De modo análogo, na contemporaneidade, os problemas decorrentes da poluição ambiental permanecem, e aumentam a medida em que a conscientização diminui.     É indubitável que a questão da consciência social está entre as causas do problema, podendo ser evidenciado no descaso da máquina pública e da sociedade, que não mudam e nem exigem mudanças frente ao problema, que é ocasionado pelos seus próprios estilos de vida. Tal posição fica clara também na concepção do filósofo Hans Alois, o qual afirma que "a indiferença com o meio ambiente é a conivência com a destruição da humanidade". Dessa forma, as disfunções vem por consequência, conforme o aumento dos fenômenos da inversão térmica, que dificulta a dispersão de lixos e gases poluentes nos grandes centros urbanos, aumentando os casos de doenças respiratórias e cardiovasculares.     No entanto, muitos problemas dificultam a resolução do impasse. Inexpressivos investimentos em políticas públicas, conforme às referentes a manutenção da matriz energética dos veículos terrestres, que é a grande poluidora das metrópoles, pouco incentivo às pessoas para mudarem seus hábitos e modo de vida quanto ao pensamento de se viver em coletividade, e a inexistência de um controle específico no que tange a degradação proveniente de pessoas ou indústrias, fazem com que problemas de saúde resultante da poluição ambiental estejam sempre em evidencia na sociedade brasileira.    Dessa forma, medidas são necessárias para resolver o impasse. Logo, tomando como base o pensamento iluminista do filósofo liberal John Locke, de que "onde não há justiça, não há liberdade", cabe ao Congresso Nacional criar uma emenda constitucional que estipule um teto para o lançamento de gases poluentes ao meio ambiente. Confere também a Receita Federal viabilizar uma maior parcela dos recursos financeiros arrecadados para setores de pesquisas e desenvolvimentos, objetivando o aprimoramento de alguns recursos energéticos, como o álcool, que polui menos o meio ambiente, tornando-o eficiente e acessível. Por fim, mensagens de conscientização também deverão ser transmitidas pelos meios de comunicação governamentais, como o programa de rádio "Hora do Brasil" e cartilhas educativas a serem distribuídas para a população, com o fito de reformular os estilos de vida e as escolhas frente ao problema da poluição ambiental.