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Enviada em: 09/04/2017

No conto "Frederico Paciência", Mario de Andrade retrata a amizade entre dois meninos e como ela é afetada pelas intolerâncias da época, dentre essas, a constante implicância pelos colegas de classe. Hoje, muitos anos depois, essa intimidação recebe o nome de bullying e tem se tornado cada vez mais frequente, acarretando em sérias consequências pessoais e sociais.  Em primeiro lugar, é necessário entender que as agressões provocam mais do que vergonha e medo. Uma vez que, no âmbito escolar, elas influenciam diretamente em fases delicadas e instáveis da vida, a infância e a adolescência. Desse modo, pode promover graves problemas de auto-estima e depressão, podendo estender-se à vida adulta, ou até em tentativas de suicídio.  Entretanto, as consequências também atingem o agressor e a causa pode estar associada à família. Segundo o especialista em bullying, Alexandre Saldanha, a criança recebe os primeiros parâmetros de comportamento social em casa. E essa conduta é reproduzida em outros meios sociais, como a escola. Assim, pais violentos não só ensinam aos seus filhos tal temperamento, como a incorreção pode gerar adultos agressivos. Portanto, fica claro que a prática do bullying traz consigo diversos efeitos, tais que seriam minimizados se a mídia, através de novelas e programas, divulgasse o papel da família nesse processo. E se o ministério público investisse verba em ONGs que ajudam vítimas desse ato e em campanhas anti-bullying. Para que assim, crianças como Juca e Frederico não sejam mais atingidos pelas as intimidações.