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Enviada em: 21/04/2017

Brás Cubas, o defunto autor de Machado de Assis, diz em suas "Memórias Póstumas", que não teve filhos e não transmitiu a nenhuma criatura o legado miserável presente na sociedade. Talvez hoje ele percebesse correta sua decisão: a postura antiética e imoral de jovens causadores de constantes opressões em instituições de ensino público e privado no Brasil.       Em primeiro lugar, os atos de humilhação buscam agredir e intimidar um indivíduo verbal ou fisicamente. Isso ocorre devido ao preconceito com a aparência física, opção sexual ou religiosa. Nessa perspectiva, é possível que as vítimas sofram com o declínio no rendimento escolar, depressão e até mesmo, suicídio.      É cada vez mais comum a execução de bullying na população brasileira. Prova disso é o assassinato de 12 estudantes de um colégio na cidade do Rio de Janeiro em 2011. O autor da tragédia recebeu ameaças e perseguições durante a juventude e gerou mais violência a partir desse acontecimento. Uma pesquisa realizada em 2016 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), constatou que 46,6% dos adolescentes já sofreram algum tipo de bullying.     Torna-se evidente, portanto, a necessidade de atenuar essa situação. Sendo assim, o Ministério Público deve inserir mais psicólogos e profissionais de saúde mental para atuar no âmbito escolar, promovendo campanhas e palestras. Ademais, os pais e responsáveis precisam observar o comportamento dos filhos, ensinando o respeito mútuo. Dessa forma, formaremos cidadãos conscientes e um legado de que Brás Cubas pudesse se orgulhar.