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Enviada em: 03/05/2017

A série americana “Os 13 porquês”, sucesso imediato no mundo todo, retrata a evolução da vida da protagonista Hannah Baker, até o momento em que ela decide suicidar-se, após uma série de abusos físicos e psicológicos por parte de seus colegas de escola. Fora das telas, a violência escolar também é realidade no Brasil.        Ao colocar o tema bullying em cheque, é possível afirmar que a escola e os responsáveis tem função fundamental no impedimento de desdobramentos como este. Atitudes hostis, realizadas de forma voluntária e repetitiva, sem motivação evidente, causam dor e angústia nas vítimas. Esse comportamento, um dos maiores problemas de convivência no âmbito escolar, traz consequências comportamentais, emocionais e sociais, a curto e longo prazo. Traumas podem influenciar traços da personalidade e a forma de se relacionar das vítimas, além de facilitar o desenvolvimento de transtornos psicológicos. Em alguns casos, o estado emocional da vítima é afetado a tal ponto em que ela opta por retirar sua própria vida ou mesmo vingar-se dos causadores e coniventes através da violência.          É válido destacar, também, a importância da escola e da família na prevenção e solução da prática do bullying. Além da apresentação do problema, é dever desses agentes a educação de jovens para a convivência em sociedade. É essencial expor as injustiças, incentivar o convívio com o diferente e ensinar a prática da tolerância. Além disso é adequado lembrar que, para as vítimas, o medo dificulta o relato das agressões.        Torna-se, portanto, a necessidade de discutir o papel do poder público, da mídia, da escola e dos responsáveis na administração do problema. A instituição de ensino, como local de maior socialização e ambiente de maior convívio depois do familiar, deve fomentar o debate, a partir de reuniões e palestras com pais e alunos, esclarecendo o papel de cada um nessa luta. Já o poder público, como criador da lei que incentiva o combate ao bullying, deve fiscalizar as escolas e fornecer assistência e treinamento através de profissionais especializados. Por fim, a mídia deve expor casos de perseguição com o fim de conscientizar a população, levando a discussão para dentro de casa.