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Enviada em: 24/05/2017

Educação Libertadora            Com o avanço da história, vários direitos foram sendo conquistados e tipos de violências foram finalmente criminalizadas. Entre essas, está a prática do "bullying". Esse termo inglês consiste na agressão ou humilhação paulatina que acontece principalmente em escolas. Apesar de ser considerado crime, o ato ainda é comum e traz uma série de efeitos preocupantes na sociedade. Nesse contexto, além de criar adultos violentos e inseguros, a agressão pode culminar no suicídio. Por isso, há a necessidade de combater essa prática para que esses efeitos sejam atenuados e extintos.         Essas agressões refletem de forma negativa no futuro das vítimas e dos próprios agressores. Nesse contexto, é muito coerente a citação de Paulo Freire: "Quando a educação não é libertadora, o sonho do oprimido é se tornar o opressor", uma vez que  a prática do "bullying"  é um ciclo hierárquico onde sempre o agressor também é vítima. Isso transforma as crianças em adultos violentos e inseguros, considerando que não tiveram uma infância mentalmente saudável.          É muito comum que esse assunto seja tratado em produções culturais, especialmente focada no público adolescente. Exemplo disso é a série "13 Reasons Why", Os Treze "Porquês", onde uma jovem, que sofria "bullying" e outras formas de agressão, suicida-se como forma de fuga. Fora da ficção, infelizmente, isso se repete, afetando também outras vidas, como o caso de Wellington Oliveira que sofreu maus tratos pelos colegas na adolescência, e, na fase adulta, promoveu uma chacina em um colégio no Realengo, Rio de Janeiro, em 2011, também seguido de suicídio. Nesse cenário, torna-se ainda mais ululante a necessidade de combater essa prática tão comum e perigosa.         Nessa perspectiva, é preciso, portanto, combater o "bullying" nas escolas para amenizar e extinguir os seus efeitos na sociedade. Para tanto, o Ministério da Educação deve ir em busca da "Educação Libertadora", de Freire, isso pode ser atingido com palestras mensais que reúnam alunos e psicólogos para discutirem sobre a inclusão, a cidadania e o respeito ao próximo, além de proporcionar encontros individuais com o profissional da saúde mental. Ademais, o Ministério do Trabalho deve seguir esses mesmos passos, mas no âmbito adulto, afinal, o "bullying" afeta principalmento o psicológico do ser humano, independentemente da idade. Dessa forma, talvez, essa prática será efetivamente combatida, seus efeitos serão superados e a história irá avançar mais uma vez.