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Enviada em: 11/05/2017

Na série de quadrinhos Turma da Mônica, Cebolinha é um valentão que persegue e insulta Mônica por seu excesso de peso e dentes grandes. Fora dos gibis, o bullying continua sendo uma realidade no Brasil, sendo crianças e adolescentes suas maiores vítimas, posto que tal prática é indubitavelmente mais presente nas escolas. Dessa forma, é necessária uma interação entre pais e professores, para a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.    Bullying refere-se às agressões, físicas ou verbais, feitas de modo repetitivo por uma ou mais pessoas contra um indivíduo. Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, qualquer tipo de violência é uma derrota. Assim sendo, no âmbito escolar a prática prolifera-se muito, um a cada dez estudantes sofrem bullying. Haja vista, que os intimidadores aproveitam a plateia para perseguir a vítima e constrangê-la diante de todos, alcançando não somente sua humilhação e constrangimento, mas também o apoio dos que aplaudem a situação, alimentando seu ego. Destarte, o indivíduo passa a perder o interesse de ir à escola, não se acha 'bom o suficiente' para integrar os grupos e se isola.    Ademais, a vítima sofre sozinha, ficando vulnerável a transtornos psicológicos, como depressão e exclusão social; problemas que podem levar ao suicídio. O canal de entretenimento Netflix, lançou recentemente a série norte-americana ‘Os 13 Porquês’, retratando a história da adolescente Hannah Baker, que se suicida por ser estuprada por um aluno, em consequência do bullying, assédio e difamação sofridos na escola. Antes de se matar, a garota grava fitas dizendo os 13 motivos que a levaram a tal decisão. Em vista do sucesso no Brasil, redes sociais como Twitter e Facebook levantaram uma campanha com a hashtag "#NãoSejaUmPorquê", incentivando jovens a não propagarem o bullying, e vítimas a não se calarem contatando o CVV (Centro de Valorização da Vida).    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Os professores, em parceria com psicólogos, precisam aplicar palestras que visam a tolerância às diferenças e melhor convivência no ambiente escolar, garantindo o bem estar dos alunos. E, também, pais e/ou responsáveis devem participar dessas palestras, sendo mais presentes na vida estudantil e domiciliar dos filhos, aconselhando-os a não praticarem e nem serem omissos ao bullying. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Assim sendo, a mídia deve criar parcerias com o MEC, divulgando campanhas de conscientização, incentivando a sociedade a praticar a tolerância. O diálogo é a melhor arma contra esse tipo de violência.