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Enviada em: 17/05/2017

A discussão sobre o bullying na contemporaneidade é de extrema relevância no âmbito escolar e social. Na conjuntura atual, o bullying tem se tornado cada vez mais frequente, contribuindo para o surgimento de diversos problemas para a saúde mental, bem como compromete o desenvolvimento cognitivo da vítima. Ademais, a impunidade e a falta de debates ainda fazem parte da realidade.             Nesse contexto, Paulo Freire já falava em uma “cultura de paz”, evidenciando o papel da escola na exposição de injustiças e na convivência com o diferente. Desse modo, nota-se a atuação da escola para solucionar tal problema, visto que ameaças e xingamentos são recorrentes, em virtude, por exemplo, da altura e da aparência, bem como gera transtornos psicológicos para a pessoa. Além disso, a vítima tende a buscar o isolamento, o desinteresse pelo estudo, já que a escola e a família não impuseram limites ao agressor, o qual continua a humilhar e destruir a vida de pessoas em situação subalterna.            Por outro lado, percebe-se que a impunidade faz com que haja uma continuidade dessa prática ofensiva, bem como a falta de debates no âmbito educacional ainda ser uma constante.Outrossim, o Estado não oferece as instituições de ensino psicólogos para acompanhar casos de alunos que estejam sendo vítimas de bullying, bem como a escola que não incentiva a denúncia por parte dos outros alunos, estes que ficam de espectadores e não ajudam os que mais precisam. Desse modo, os professores devem ficar mais atentos e não deixar que o bullying seja considerado algo normal. Nessa perspectiva, o ambiente familiar não pode ser de repulsa,mas sim de acolhimento, já que se o espaço não for de compreensão, o isolamento será cada vez maior.            Fica claro, portanto, a necessidade de discutir a questão e o papel da escola e da família nessa luta. É primordial que o Estado contrate mais psicólogos para os colégios e ofereça treinamentos . Ademais, a escola deve promover debates e palestras com especialistas e psicólogos, para que os alunos e pais possam prevenir que o bullying aconteça, a fim de que não seja tolerada essa atitude, e o agressor seja punido com medidas socioeducativas na escola. A mídia pode denunciar os casos, para facilitar o trabalho do Estado e, consequentemente, conscientizar a população dos problemas causados pelo bullying, para que assim as pessoas possam de fato respeitar às diferenças.