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Enviada em: 30/05/2017

Sequelas a longo prazo       A agressividade, física ou psicológica, e a intolerância contra o que é considerado diferente, fazem de inúmeras crianças e adolescentes alvos fáceis do bullying no ambiente escolar. É de conhecimento que esta prática é uma problemática cada vez mais presente, uma vez que é tratada como algo trivial nesta fase da vida e evidencia os preconceitos de cunho, principalmente, racista e homofóbico.       Segundo pesquisas, o bullying é vivenciado por 75% das crianças e adolescentes, e muitos deles não falam a respeito disso, nem buscam soluções. Entretanto, aqueles que procuram ajuda, são subestimados e influenciados a acreditar que essas ofensas são algo normal da idade. Além disso, cria-se um esteriótipo de que apenas agressões físicas, suicídios e assassinatos são casos graves de bullying, desconsiderando que brincadeiras frequentes que hostilizam o indivíduo são tão graves quanto.       Outro fator problemático, é que os alvos das injúrias, são em sua grande maioria negros e homossexuais, disseminando a longo prazo o preconceito contra essa minoria. Um exemplo disso pode ser notado atualmente nos processos de adoções, onde um casal homo afetivo enfrenta dificuldades burocráticas para adotar uma criança, ou até mesmo no fato de que as pessoas preferem adotar crianças brancas do que negras, que são a maior parte.             Depreende-se que os efeitos do bullying extrapolam o ambiente escolar e causam danos de grandes proporções. Portanto, é necessário que o governo introduza psicólogos nas escolas afim de amparar a vítima e incentivar a busca por apoio, além de punir o agressor através de projetos sociais e extracurriculares dentro da própria escola, ou denunciá-lo à polícia se necessário. Somado a isso, o Ministério da Educação deve debater o assunto nas mídias sociais, mostrando sobretudo as consequências negativas desta prática.