Materiais:
Enviada em: 01/06/2017

Desde a colonização do Brasil, é notável a idealização da superioridade de uns sobre os outros. Os Portugueses, sentindo-se superiores sobre os nativos e os negros, escravizaram-os. Porém, esse sentimento ainda repercute na sociedade nos dias atuais, mostrando como o passado pode provocar ideologias difíceis de serem deterioradas. O Bullying é um grande exemplo disso e tem se tornado cada vez mais recorrente na sociedade brasileira, principalmente dentro das instituições de ensino, onde crianças e adolescentes são constantemente vítimas de opressão e humilhação.    Nesse contexto, deve-se inferir sobre a formação do caráter e da identidade do sujeito social que ocorre basicamente na infância e na adolescência. Provocações e perseguições são o que os agressores fazem buscando intimidar as vítimas e demostrar sua supremacia, desse modo, os traumas sofridos poderão provocar severas consequências, podendo perdurar por toda uma vida, quando não desencadeiam doenças perigosas como a depressão ou levam o indivíduo a cometer suicídio.     Outro fator existente, é a cultura familiar. Muitas crianças, já crescem em lares onde os próprio familiares são preconceituosos, o que contribui para que desenvolvam, desde cede, uma aversão à certas pessoas, aprendendo a fazer piadas, rir e criticar do próximo, demonstrando novamente o errôneo sentimento de superioridade que algumas pessoas acreditam ter sobre as outras.     Ainda convém lembrar, que os maiores alvos são os homossexuais, negros, pobres, gordos, deficientes físicos e as mulheres, considerados grupos minorizados socialmente e que muitas vezes as vítimas não tem a quem recorrer em pedido de ajuda, preferindo se isolar socialmente por medo e/ou vergonha. Vale ressaltar sobre a existência de um Modernidade Líquida proposta por Bauman, a qual diz que as pessoas hoje já não são mais altruístas, nem se preocupam com o próximo. O Bullying é um exemplo claro da falta do exercício da alteridade.        Sendo assim, medidas devem ser adotadas. Primeiramente, as escolas podem difundir hábitos educacionais de convivência com as diferenças, através de palestras e projetos pedagógicos. Em adição, as famílias devem ensinar aos filhos o respeito e o exercício da alteridade dentro de casa, por meio do diálogo. Por último, a Polícia Militar deve garantir que a lei de combate ao Bullying, já existente, seja mais eficiente, através da fiscalização, da punição dos agressores e do oferecimento de um suporte às vítimas, buscando evitar futuras consequências desastrosas.