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Enviada em: 13/06/2017

O bullying é um dos vilões da infância e adolescência que envolve um em cada dez estudantes como vítima no Brasil, segundo dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). As causas desse tipo de prática abusiva são inúmeras e variadas e, em geral, são fatores pessoais, familiares e escolares que causam consequências incalculáveis tanto para o objeto da agressão como para quem o faz.    No lado pessoal, o agressor se vê superior, pois conta com o apoio de cúmplices, ou porque a vítima se trata de alguém com pouca capacidade de responder ou se defender. No terreno familiar, a origem da violência pode estar na carência afetiva ou na falha de comunicação. Além disso, a situação socioeconômica, a má organização do lar e o modo de afirmação de poder e autoridade dos pais podem também contribuir para que seus filhos tenham ou reproduzam uma conduta agressiva. O bullying pode estar presente em qualquer colégio, mas quanto maior o centro educacional, maiores as chances de ele vir a ser praticado, somado ainda a falta de controle físico, vigilância e tratamento que se dá aos alunos, o qual deve influenciar a formação de um padrão de desenvolvimento cognitivo e emocional saudável.    Desse modo, em razão da enorme pressão que o bullying sujeita ao indivíduo, este torna-se frágil. Uma vez fragilizada, a vítima apresenta dificuldades de comunicação, o que influencia negativamente sua capacidade de aprimoramento em termos sociais, já que seu processo de amadurecimento e auto reconhecimento é afetado. Essa prática afeta além da área profissional e educacional com a queda de rendimento e nível de concentração, a parte emocional aumentando a incidência de distúrbios psicológicos como a depressão e a ansiedade. As consequências podem até atingir a gravidade do suicídio, bem representado pela série americana “Os treze porquês”, ou a necessidade de vingança, a exemplo do notório massacre de Realengo em 2011.    Portanto, para combater o bullying é necessário inicialmente promover um âmbito escolar e familiar mais harmonioso com a ajuda de cartilhas, palestras e seminários propostos pelos Ministérios da Saúde e da Educação. Este último pode também criar comissões nas escolas que sejam responsáveis por formular estratégias específicas para cada caso e que estimule a convivência que valorize a existência de cada um. Vale também, utilizar-se da tecnologia por meio de aplicativos que facilitem a denúncia e o acompanhamento das vítimas.