Materiais:
Enviada em: 03/07/2017

“A violência, seja de qual forma for manifestada, é derrota”. Tal frase do filósofo Jean-Paul Sartre deixa nítida a negatividade do posicionamento violento da sociedade. Dessa forma, a prática da violência entre os jovens dentro de escolas, o que caracteriza o bullying, se destaca como um mecanismo que apresenta raízes preconceituosas e intolerantes.       Um empurrão na cadeira, um tapa e a criação de apelidos que figuram de forma pejorativa cujos jovens que possuam opção sexual, peso, penteado, deficiência, religião ou qualquer outro sinal considerado estranho pelos colegas. Não obstante, a discriminação e o preconceito com os indivíduos considerados diferentes são percebidos desde a antiguidade, onde, por exemplo, na sociedade espartana, na Grécia antiga, as crianças deficientes eram mortas por serem consideradas inúteis.        Nesse sentido, inúmeras vezes mascarado como “brincadeiras de crianças”, esse cenário nas escolas deve ser encarado sob um ponto de vista preocupante pelos professores e pelos pais, uma vez que estes afetados, crianças e adolescentes, se encontram em faixas etárias que se apresentam como críticas janelas de vulnerabilidade emocional. Por conseguinte, é natural que sentimentos de revoltas possam ser germinados nas vitimas, o que é confirmado pelas investigações do Serviço Secreto dos EUA que mostra que nos 66 ataques em escolas que ocorreram no mundo de 1966 a 2011, 87% dos atiradores sofriam bullying.        Urge, portanto, que medidas por parte do Estado em conjunto com os pais e professores sejam tomadas. O Ministério da Educação deve buscar o aumento do perímetro das denúncias referentes ao tema, através da criação de aplicativos especializados para facilitar estas, enquanto os pais e professores busquem conversar em casa e nas escolas a fim de dar apoio às vítimas, como também orientar com palestras aos agressores com o objetivo de reeducá-los e que assim seja construída um ambiente escolar que tenha como valor básico a alteridade, e a longo prazo a violência seja erradicada das escolas.