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Enviada em: 25/10/2017

Entende-se como bullying, toda agressão física e verbal cometida intencionalmente de forma repetitiva por um indivíduo ou por um grupo de pessoas, direcionada a outra. Prática perigosa que tem afetado crianças e adolescente desde sempre. Nessa conjuntura, cabe pautar o que corrobora tal prática e suas possíveis consequências.         Apesar de ser uma questão que sempre existiu, o bullying vem sendo debatido na mídia de forma mais intensa a partir do início do século XXI, o que pode passar a ideia errônea de um problema novo. Contudo, apesar do tema vir sendo exposto com mais frequência, o problema está longe de ser resolvido. A amenização desse, observada em frases comuns como "Isso é normal, é coisa de criança!" ou "O mundo está chato, hoje as pessoas reclamam de tudo", e a falta de ação dos pais e da Escola, principalmente as públicas, em relação ao tema, contribuem com a perpetuação da prática que continua prejudicando milhares de jovens no Brasil.         Além disso, vale ressaltar os danos psicológicos sofridos pelas vítimas que persistem durante toda a vida. Ansiedade, problemas de socialização, depressão e até suicídio, são alguns dos reflexos do bullying, como aponta a médica Ana Beatriz em seu livro "Bullying: Mentes Perigosas na Escola". Há ainda, em casos extremos, a possibilidade da vítima se tornar o agressor, afetando pessoas inocentes, tal como ocorreu em Realengo, Rio de Janeiro, em 2011, quando um jovem de 23 anos, com prolemas psicológicos, abriu fogo em uma escola, matando 13 alunos, motivado por uma vingança por ter sofrido bullying enquanto estudava no local anos antes.        Depreende-se portanto, que medidas para atenuar a problemática precisam de ser tomadas. Como apontado pelo escritor Coelho Neto, "É na educação dos filhos que se revelam as virtudes dos pais.", assim, o respeito e a tolerância com o diferente, que se aprende através da educação, são questões que devem ser discutidas em casa, cabendo aos pais incutir tais valores em suas crianças. Valores  esses que podem ser reforçados pela Escola, que tem como obrigação, prevista por lei, combater o bullying, podendo fazer uso de debates e palestras conjuntas, com alunos e pais, para que esses atentem para a existência real do problema. Ademais, o Ministério da Saúde deve tratar a depressão e seus sintomas relacionados ao bullying, que acomete mais intensamente os jovens, como um prolema de saúde pública, criando espaços que acolha e trate vítimas de forma gratuita, além de criar campanhas na mídia que visem combater tal prática. Dessa forma, erradicar-se-ia, em parte, as questões relacionadas a prática do bullying na sociedade.