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Enviada em: 13/07/2017

Para o filósofo francês Jean-Paul Sartre, "a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota". Nesse aspecto, o bullying na sociedade brasileira se torna uma grave problemática por evidenciar nos adolescentes comportamentos violentos desde a sua infância. Dessa forma, vale ressaltar a mínima intervenção familiar como fator que corrobora para a perpetuação da problemática       O bullying se apresenta como toda forma de violência moral e física, muito frequente no ambiente escolar, que gera efeitos diretamente na sociedade. Isso ocorre devido à precária discussão com os jovens acerca das diferenças existentes entre os indivíduos e o quão importante é respeita-las. Além disso, jogos como “Bully” e “Grand theft auto”, ambos criados pela Rockstar Games, influenciam no aparecimento de comportamento violento nos jovens, já que estes recriam um mundo sem leis em que tudo é permitido. Desse modo, os adolescentes tendem a reproduzir a experiência fictícia no mundo real. Todavia, estas atitudes refletem na sociedade gerando transtornos psíquicos e exclusão social da vítima.       Ademais, um importante fator a ressaltar é a dificuldade enfrentada pelos familiares para intervir nos casos de bullying. Por acontecer majoritariamente em ambiente escolar, os pais da vítima não têm ciência de tudo o que acontece com o jovem. Pesquisas disponíveis no site “programasebrae.com.br” demonstram que o índice de pais que tenham conhecimento de casos de discriminação nas escolas não ultrapassa a casa dos 20%. Assim, a família da vítima somente consegue interagir com o adolescente quando os problemas psicológicos aparecem, evidenciando uma diferença de comportamento deste.      Infere-se, portanto, que o bullying na sociedade brasileira é uma problemática persistente, contudo, com devidos cuidados pode ser amenizada e quem sabe erradicada. Nesse viés, cabe à família uma seleção rígida quanto ao tipo de conteúdo que permitem os jovens - especialmente quando crianças - usarem como meio de entretenimento. Outrossim, o Ministério da Educação (MEC) deve estabelecer, em escolas, reuniões semanais com pais, professores e alunos para discutir acerca de assuntos no campo da ética e moral no ambiente acadêmico. Cabe ainda ao MEC, a contratação de psicólogos para atuar nas escolas efetuando uma consulta individual com os estudantes, impedindo assim, o advento de constantes discriminações.