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Enviada em: 12/07/2017

Na série de quadrinhos "Turma da Mônica", Cebolinha é um valentão que persegue e insulta Mônica por seu excesso de peso e dentes grandes. Fora dos gibis, o bullying ainda é uma realidade no Brasil, sendo crianças e adolescentes suas maiores vítimas, posto que tal prática é indubitavelmente mais presente nas escolas. Dessa forma, é necessário que haja uma interação entre pais e professores, para a tomada de novas medidas que resolvam definitivamente a questão.    Bullying é o ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, praticado por indivíduo ou grupo, contra uma ou mais pessoas, com o objetivo de intimidá-la ou agredi-la. Segundo o filósofo Jean Paul-Sartre, qualquer tipo de violência é uma derrota. Assim sendo, no âmbito escolar a prática prolifera-se exponencialmente, um a cada dez alunos sofrem bullying. Isto é, os intimidadores se aproveitam da plateia para perseguir a vítima, causando constrangimento e humilhação diante de todos. Destarte, o estudante passa a perder o interesse de ir à escola, não se acha bom o suficiente para integrar grupos e se isola.    Ademais, a vítima sofre sozinha sem o amparo de alguém, ficando vulnerável a transtornos psicológicos, como depressão, complexo de inferioridade e exclusão social; problemas que podem levar ao suicídio. O canal de entretenimento Netflix lançou recentemente a série norte americana "13 Reasons Why" (Os Treze Porquês), retratando a história de uma adolescente que se suicida em consequência da difamação, assédio e bullying sofridos na escola. Devido ao grande sucesso entre os jovens brasileiros, que se identificaram com os fatos ocorridos na trama, redes sociais como Twitter e Facebook levantaram uma campanha com a hashtag "#NãoSejaUmPorquê", incentivando-os a não propagarem o bullying, e vítimas a não se calarem contatando o CVV (Centro de Valorização da Vida), para a obtenção de ajuda e orientação.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Os professores, em parceria com psicólogos, precisam incentivar a solidariedade, a generosidade, a convivência e o respeito às diferenças por meio de palestras, trabalhos didáticos em grupo e campanhas de incentivo à tolerância e á paz. E, também, os pais e/ou responsáveis precisam proporcionar um ambiente domiciliar seguro para os jovens, e serem mais participativos na vida estudantil dos mesmos, aconselhando-os a não praticarem e nem serem omissos ao bullying. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Além disso, a mídia deve criar parcerias com o MEC (Ministério da Educação), divulgando campanhas de conscientização, incentivando a sociedade a praticar a tolerância. O diálogo é a melhor arma contra esse tipo de violência.