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Enviada em: 12/08/2017

Os dois lados da moeda Originária do termo “bully”, inglês para valentão, a palavra bullying ganhou ares midiáticos após os crescentes casos brasileiros virem à tona, juntos de suas consequências, através da internet. Sempre tendo como vítimas aqueles de maior vulnerabilidade, por serem diferentes e não se encaixarem aos padrões da sociedade, este assunto deve ser analisado como um mal de interesse público, cheio de raízes e gerador de frutos amargos na sociedade.   Contrariando a ideia do filósofo Thomas Hobbes, é importante salientar que o homem não nasce instintivamente mau. Bem assim, o agressor, muitas vezes, não passa de uma segunda vítima respondendo, inconscientemente, de uma maneira hostil aos estímulos cotidianos. Ademais, tem-se Leandro Karnal, professor da Unicamp, afirmando que a ofensa nada mais é que um fracasso pessoal. Logo, vê-se que os praticantes de bullying descarregam suas frustrações pessoais, geralmente oriundas do ambiente familiar traumático, naqueles aparentemente tão frágeis quanto eles internamente.   As vítimas, que geralmente convivem com o agressor, são escolhidas com base em fatores já subjugados, como orientação sexual. Embora os jogos verbais de depreciação sejam mais recorrentes que o próprio ato físico, atualmente, é essa agressão psicológica que tem sido levada para o ambiente virtual, através das mídias sociais, mostrando ter poder corrosivo ainda maior, já que não há como se desvincular de algo publicado online; gerando, assim, um efeito abrasador na sociedade, onde o número de suicídios tem aumentado no Brasil.  Dessa forma, é impreterível que a Assistência Social faça, antes de tudo, uma análise psicológica e da vida tanto da vítima quanto do agressor, em questão, e, a partir disso, aplicar as medidas cabíveis ao caso, evitando danos maiores em ambos. O Ministério da Educação, através das escolas, deve estar preparado para atender tais eventos, assim que se mostrem seus primeiros indícios, colocando, nas escolas, câmeras de segurança em locais estratégicos, instruindo funcionários acerca de como agir, disponibilizando agentes de saúde para aqueles que necessitem e criando, ao máximo, um ambiente fraterno nas salas de aula.