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Enviada em: 18/08/2017

Historicamente, o ser humano é protagonista de conflitos provenientes da sua dificuldade em conviver com as diferenças. É nesse contexto que a prática do bullying se insere. O escritor e psiquiatra, Augusto Cury, em seu livro "o futuro da humanidade", exemplifica o fato do homem não ser uma ilha, pois qualquer ação consciente ou inconsciente causa efeitos na vida dos outros. Por essa perspectiva, as vítimas dessa violência, assim como pessoas próximas a ela, têm sua vida afetada, o que pode gerar grandes consequências em toda a sociedade.       Primeiramente, esse cenário é muito fértil para o aumento dos índices de depressão. Isso se deve pela necessidade de aceitação do indivíduo no meio em que está inserido. Todavia, ao passar por assédio moral ou qualquer violência física, frequentemente, pensa que é alguém fora dos parâmetros do convívio social e começa a alterar seu comportamento. Desde o isolamento à baixa produtividade, na escola e em atividades que exigem empenho para a realização, é perceptível a mudança de rotina na vida de quem enfrenta o problema. No caso das crianças e adolescentes, os pais podem se precipitar e agir sem orientação profissional ao, simplesmente, trocar o filho de instituição de ensino.       Outro efeito instintivo é a produção cinematográfica de filmes e séries sobre a problemática. Em 2017, a série 13 reasons why ( os treze porquês ) foi destaque em razão da abordagem e reforço do debate a respeito do bullying. Um ponto importante levantado pela série é a atitude inconsciente nas relações pessoais que corroboram para a piora do cenário. Entende-se, pois, que a sociedade normatizou tanto insultos, machismo e piadas depreciativas que não é preciso estar sob à luz da racionalidade para ter uma "participação especial" no sofrimento de outrem.       A fim da atenuação do quadro, medidas pragmáticas são necessárias. A melhor forma de atuar é trabalhar a auto estima das vitimas no âmbito escolar, por meio da assistência psicológica e capacitação dos professores  isso será possível. Também, pedagogos podem orientar os pais em como ajudar os filhos no processo e evitar ações precipitadas. Os agressores, por sua vez, precisam de reeducação ao serem identificados e acompanhados pela equipe de educadores. No que tange à participação midiática, as ficções de engajamento devem continuar a ser produzidas e divulgadas com o objetivo de atingir uma função social. Logo, realizar-se-á mudanças.