Materiais:
Enviada em: 16/08/2017

Nos quadrinhos de Turma da Mônica criados por Maúricio de Sousa em 1963 a personagem principal sofre constantes discriminações sendo chamada de gorda, baixa e dentuça. Fora das tirinhas essa é uma realidade presente, em que diversas pessoas sofrem atos de intimidação, humilhação e discriminação em seu cotidiano, assim a problemática do bullying persiste intrinsecamente ligado a realidade brasileira, seja pela lenta mudança da mentalidade social, seja pela inexistência de leis que punam tal ato.      É pertinente avaliar que a escola pode ser um lugar muito hostil pelas relações interpessoais negativas como a intimidação, o assédio e a humilhação. Tendo muitas dessas instituições considerando o bullying algo normal, e não fazem nada quanto a prevenção. Como no caso de Wellington Menezes que matou 12 crianças em uma escola no Realengo e trás como justificativa o bullying sofrido no local. A prática envolve os agressores, as vítimas e os espectadores, aqueles sendo popularizados pelas ações, esses geralmente não dispõem de recursos ou habilidades para reagir e estes se fazem indiferentes e não denuncia o que veem. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) 20% dos estudantes já praticaram a agressão e 51% deles não souberam explicar a razão.       É válido apontar que a maior frequência de agressores, segundo a Universidade Federal do Paraná, vem de lares no qual o clima familiar apresenta conflitos e ausência de regras e como  geralmente o bullying não é visto como um problema as consequências se fazem presentes: evasão escolas, depressão, fobia social e tendências suicidas estão relacionadas. Como evidenciado na série 13 Reasons Why, produzida pela Netflix, em que uma adolescente depois de diversas humilhações comete suicídio. Segundo a teoria da Tábula rasa de John Locke, "O ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influênicias" desta forma que as ações sofridas se refletem por toda vida do mesmo.      Portanto, medidas são necessárias para arrefecer tal impasse. Escolas e pais devem ficar atentos e entender que bullying não é brincadeira, somado a isso devem identificar vítimas e agressores e oportunizar uma orientação específica para ambos. Cabe ao Ministério da Educação viabilizar ações em campanhas educativas apresentando as consequências do Bullying, conscientizando quanto aos problemas. Cabe ao Estado dar incentivos fiscais a empresas que tratam e combatem o tema. Só assim poder-se-á transformar a sociedade, afastando-a do bullyng.