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Enviada em: 18/08/2017

Na série “Todo mundo odeia o Chris”, o jovem Chris, estudante do colégio Corleone, é abordado e violentado, todos os dias, por um colega de sua classe, devido a sua cor. Fora das telas, o bullying é uma realidade no mundo contemporâneo. Nesse contexto, é necessário analisar como a família e a escola colaboram para a perpetuação do problema, e como combatê-lo.        A família é a principal responsável pela presença do bullying na sociedade. Isso pois, segundo o filósofo John Locke, em sua teoria da “Tábula rasa”, o homem é como uma tela em branco preenchida por experiências e influências. Dessa forma, ao crescer em uma família com relacionamentos abusivos, a criança segue os maus exemplos das autoridades familiares. Lamentavelmente, cria-se um jovem agressivo, desrespeitador, e suscetível a praticar atos como o bullying.       Além disso, nota-se, ainda, que a escola também colabora, muitas vezes, para a manutenção do bullying. Isso porque, devido à falta de suporte e atendimento do núcleo gestor, a maioria dos casos de bullying passam despercebidos. Por conseguinte, o sentimento de impunidade e constante humilhação sofrido pela vítima, pode contribuir para a formação de um indivíduo traumatizado e propício a tomar atitudes violentas. Um jovem brasileiro, por exemplo, chocou o mundo ao provocar um tiroteio em uma escola de Realengo, no Rio de Janeiro. Segundo o rapaz, o motivo do atentado seria vingança pelo bullying que sofreu na instituição.        Torna-se evidente, portanto, que o bullying deve ser combatido. Em razão disso, a família, com auxílio de psicólogos, deve promover debates com os membros, visando melhorar o relacionamento na residência, e transmitir valores morais para o filho. Ademais, as escolas devem criar programas de ouvidoria, que recebam as vítimas e lhes garanta segurança e suporte. Por fim, o poder midiático deve criar projetos de ficção engajada, com o intuito de mostrar aos cidadãos, os efeitos negativos do bullying na vida do indivíduo e da sociedade. Isso porque, segundo Karl Marx, a mídia é o cão de guarda da população, portanto, cabe a ela expor e denunciar as mazelas do corpo social. Dessa forma, criaremos um mundo mais igualitário e justo.