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Enviada em: 19/08/2017

Além da ficção    No filme "Carrie, a estranha", Sissy é uma menina que é constantemente ridicularizada pelos colegas e devido a isso com todo seu ódio, resultado do bullying, prepara uma vingança contra todos aqueles que a humilharam. Fora da ficção, o bullying na sociedade é uma realidade, principalmente nas escolas, sendo que alguns dos fatores que contribuem para isso são a falta de controle das instituições de ensino e a crença de que é dever apenas das escolas em combater essa prática.    Michel Foucault dizia ser necessário um sistema de controle para que houvesse uma boa harmonia entre os indivíduos. Seguindo a linha de pensamento do filósofo, nota-se que as escolas deveriam ser o ambiente de imposição de regras para garantir um convívio harmonioso entre os estudantes, isso também vale para faculdades e empresas. No entanto, em muitos casos isso não ocorre, uma vez que a maioria das instituições de ensino não conseguem ter o controle sobre a relação dos estudantes, tendo em vista que há funcionários despreparados para agirem em casos de bullying, o que faz essa prática continuar enraizada nesse ambiente.    Outrossim, é a ideia, errônea, de que é a escola a única responsável para combater o bullying. Sabe- -se que sua importância é inegável, porém de acordo com Émile Durkheim a família é uma das mais importantes instituições sociais. Com isso, pode-se afirmar que também é papel das famílias agirem no combate ao bullying, pois a pessoa que sofre dessa prática transparece sinais como depressão, ansiedade, irritabilidade e entre outros que se bem observados pelos familiares não chegará a consequências trágicas como o suicídio ou massacres como o ocorrido na escola Tasso de Silveira, em Realengo, em que a justificativa era a de que o assassino sofreu bullying no passado e com isso alimentou todo esse ódio durante anos tendo esse desfecho trágico.     Percebe-se, portanto, que a luta contra o bullying não cabe apenas as escolas, mas também as famílias. Afim, de amenizar esse impasse, as escolas podem contratar mais psicólogos, promover treinamentos para os seus funcionários e realizar reuniões com os pais para debater e mostrar a importância da família em tratar desse assunto em casa. Já o poder público pode fiscalizar essas instituições de ensino e fazer valer a recente lei sancionada de combate ao bullying. Além disso, a mídia poderia promover campanhas de conscientização da importância dos familiares nessa luta. Dessa forma, será possível evitar que muitas pessoas vivenciem o que Sissy vivenciou no filme, sendo um objetivo fazer com que o bullying fique apenas na ficção.