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Enviada em: 28/08/2017

É indiscutível que as práticas de maus-tratos e discriminação - o bullying - representam um desafio a ser enfrentado de forma mais organizada e urgente nos dias atuais. Ocorrências desse tipo vêm acontecendo com muita frequência nas últimas décadas, principalmente em ambientes escolares, e portanto, requerem solução imediata.     Nesse sentido, o assunto vem sendo constantemente retratado no cinema e na televisão. Na série de TV, "Os Treze Porquês", por exemplo, a personagem Hannah passa por diversas agressões, tanto psicológicas como físicas, culminando com o seu próprio suicídio. Essa situação, embora fictícia, reflete os inúmeros casos semelhantes da vida real e exibe as preocupantes consequências do bullying, que leva crianças e adolescentes a cometerem atos extremos, como a automutilação e a bulimia, e em casos mais graves, a tirarem a própria vida.     Segundo os sociólogos Theodor Adorno e Max Horkheimer, a Indústria Cultural é representada pelos meios de comunicação de massa e é a responsável por ditar os comportamentos da sociedade contemporânea. Nesse sentido, observa-se uma falta de conscientização e divulgação das consequências de tais agressões, na forma de propagandas educativas nos meios midiáticos. Além disso, pode-se destacar a ausência de acompanhamento direto e mais próximo aos alunos por parte da escola. Juntos, esses fatores contribuem para a permanência da problemática no tecido social brasileiro.     Medidas, portanto, são necessárias para resolver o impasse. Deve haver uma maior programação na televisão brasileira que alerte para os perigos do bullying, através da criação de propagandas e de novelas - estimulada pelo Ministério das Comunicações - que tratem de tal assunto. Outrossim, o MEC deve realizar palestras direcionadas aos pais dos alunos, nas escolas, que os incentivem a participar melhor da vida dos filhos. Além disso, deve ser feito, também nos colégios, o incremento de psicólogos para tratar do acompanhamento de forma mais próxima dos estudantes.