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Enviada em: 31/08/2017

Bullying: quando a brincadeira vira agressão              Orelha de abano; Gordo; Quatro olhos. Tais palavras que eram apenas consideradas apelidos e formas de gozação, retratam uma discriminação maior. O Bullying é uma forma de preconceito, no qual indivíduos praticam atos de violência física e psicológica à outras pessoas, em diferentes espaços, principalmente nas escolas. É visto que tais atitudes acarretam em ansiedade, isolamento e outros problemas para as vítimas. Assim, é preciso que o Governo junto à sociedade busque soluções para este inconveniente social.              Em uma primeira análise, é notável que a pratica do Bullying existe a muito tempo na sociedade. Apelidos, brincadeiras ofensivas e humilhações, principalmente nas escolas eram consideradas comuns e caracterizadas como brincadeira de criança, gerando preocupação apenas quando causava dano físico ao indivíduo. Contudo, estes atos de violência acarretam em diversos prejuízos às vítimas. Tais atitudes causam transtornos psicológicos, em grande parte as crianças, já que estão em seu período de formação. Ansiedade, isolamento, evasão e baixo rendimento escolar são umas das consequências de tal problema. Além disso, pode levar a problemas maiores, como depressão e até suicídio, como retratada na série americana 13 Reasons Why.       Vale ressaltar que o desenvolvimento tecnológico e consequentemente das redes sociais contribuíram para a disseminação dessas práticas de agressão. Tal atitude é conhecida como Cyberbullying, uma violência virtual que proporcionou o crescimento no número de vítimas, já que muitas vezes não é necessário uma identificação do agressor, levando a um sentimento de segurança frete ao anonimato. Prova disso, foi o dado divulgado pelo Intel, no qual 66% dos jovens brasileiros afirmam já ter sofrido este tipo de agressão nas mídias sociais.Desta forma, atitudes como a inclusão do Bullying no código penal brasileiro é fundamental para o combate deste problema.           Fica claro, portanto, a necessidade de se combater o Bullying na sociedade. Assim, é preciso que o Governo Federal, junto ao Legislativo, crie e reforce leis que punam tais atos e criem órgãos que fiscalizem tais práticas. Além disso, em parceria com a mídia e ONGs, forneçam psicólogos e promovam palestras para discutir os efeitos de tais atitudes à sociedade e a importância em combatê-las. Ademais, as escolas, junto às famílias, devem fazer reuniões que mostre os efeitos do Bullying na formação do indivíduo, e a necessidade de debater tal questão no ambiente familiar, buscando sua prevenção, além de incentivar ideias de respeito às crianças, já que estas serão futuros cidadãos. Assim, tais atitudes levarão à formação de cidadãos conscientes e livre de traumas.