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Enviada em: 01/09/2017

O bullying é considerado um conjunto de atitudes agressivas, tanto físicas, quanto psicológicas, que ocorrem repetidas vezes, com o intuito de menosprezar e gerar angústia à vítima. Essa prática pode acontecer em qualquer contexto social, como escola, família e locais de trabalho e tem trazido resultados nocivos à sociedade. Com base nisso, no Brasil, em 2015, foi implantada a Lei 13.185, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática, em todo o país.    Em primeiro lugar, vale ressaltar que, em 2011, ocorreu o massacre de Realengo, no qual um garoto, vítima de bullying, entrou em uma escola pública, matou 12 adolescentes e, ao final, suicidou. Esse episódio trágico revela uma das sérias consequências que a prática desse crime pode gerar em uma pessoa, principalmente se for criança ou adolescente. Isso pode causar nas vítimas doenças psíquicas, e se caso elas queiram se vingar, põe em risco a vida de outras pessoas inocentes. Tal realidade demonstra o quanto uma atitude preconceituosa, por meio de intimidação, é grave e pode promover sérios danos à sociedade.    Por outro lado, cabe enfatizar a importância da escola na solução de atos como o bullying. Contudo, esse tipo de prática cresceu nas instituições de ensino brasileiras de 5% a 7%, segundo uma pesquisa do IBGE. Diante disso, pode-se afirmar que a escola, muitas vezes, inverte o seu papel de educar o aluno para o convívio coletivo, e se torna um ambiente propicio a tal tipo de agressão. Ademais, no espaço virtual ocorre o cyberbullying, um tipo de agressão psicológica, em que o agressor faz o uso das redes sociais para difamar a vítima, de forma, muitas vezes anônima. Isso, aliado ao fato de que na internet os insultos espalham-se com uma maior facilidade, tornando esse tipo de intimidação ainda mais cruel.    Fica evidente, portanto, a necessidade de combater o bullying e construir uma cultura de paz, por meio de uma educação que visa incitar a tolerância. Logo, cabe às instituições de ensino abordar o assunto, junto com a família, dentro e fora de sala, com o intuito de combater a violência entre os estudantes e dos professores com os alunos. Essa medida deve acontecer por meio da realização de rodas de conversas e debate com os pais, além de palestras e reuniões em grupo. É imprescindível, também, que a mídia, a fim de facilitar o trabalho do governo, seja usada para conscientizar os brasileiros sobre os problemas gerados pela intolerância aliada ao bullying e ao cyberbullying. Isso deve ocorrer para incentivar o respeito mútuo, por meio de campanhas publicitárias nos meios de comunicação, como a televisão.