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Enviada em: 03/09/2017

No filme "Um Grito de Socorro", Jochen é um adolescente muito tímido que possui poucos amigos. Por conta disso, o jovem sofre com diversas atitudes preconceituosas de seus colegas, fato que o leva a cometer suicídio. Fora dos cinemas, o bullying é uma realidade preocupante em nosso país. Nessa perspectiva, é visível que as principais causas para a persistência do problema são a falta de formação escolar e, também, a falta instrução familiar.     Primeiramente, cabe ressaltar que não existem projetos de educação e formação social na base curricular das escolas públicas, no que se refere às práticas de bullying. Tal fato é comprovado quando verificamos a persistência do problema, não só em ambientes escolares, mas também em diversas esferas públicas. Atrelado a isso, muitas pessoas não reconhecem os limites entre o humor e a ofensa, fato que leva a ocorrência de diversas práticas antiéticas que poderiam ser evitadas pela formação educacional. Essa linha existente entre o humor e o bullying é apresentada no documentário brasileiro "O Riso dos Outros", do diretor Pedro Arantes.     Somado a essa questão, muitas famílias possuem problemas em sua estrutura e, portanto, não oferecem um assistência aos que sofrem com essas ações. Em muitos casos, também, os pais desconhecem ou se mostram desinteressados pelas relações sociais mantidas por seus filhos, o que corrobora a persistência do problema. Isso acontece em decorrência da falta de formação e de instrução das famílias ao tratarem desse assunto com os jovens. Nesse sentido, muitas crianças e adolescentes não sabem como agir em situações de bullying ou, até mesmo, cometem essa prática em virtude da falta de diálogo e atenção em casa.     Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. O Ministério da Educação deverá criar e implementar projetos, com o tema "Formação Social na Luta Contra o Bullying", na base curricular das escolas, para que o conteúdo seja trabalhado em sala de aula. Tal medida permitirá uma melhor formação dos indivíduos, a fim de que possam praticar sua cidadania sem prejudicar a liberdade de outros. Além disso, os Ministérios Públicos Estaduais deverão promover palestras e distribuir cartilhas de orientação direcionadas às famílias de crianças e adolescentes. Essa ação promoverá uma maior participação familiar na vida social desses indivíduos e, também, levará maiores instruções aos pais, para que, assim, possam melhorar as ações e diálogos com seus filhos. Por fim, o governo poderia transmitir mensagens de conscientização em programas de rádio e televisão, com o objetivo de mobilizar a população para o combate ao bullying.