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Enviada em: 04/09/2017

De acordo com o artigo 1º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a DUDH, todo membro da família humana é igual em dignidade. Passados quase 70 anos da assinatura desse importante acordo mundial, a persistência do bullying na sociedade brasileira contradiz essa declaração. Nesse cenário caótico, é imperativo buscar medidas para combater o bullying, o qual é causado pela falta de habilidades socioemocionais do opressor e resulta, frequentemente, em depressão no oprimido.       Uma parcela significativa das escolas brasileiras não oferecem educação socioemocional. Prova disso, é que o componente curricular dos colégios tem carga horária expressiva em matérias como português e matemática, enquanto aulas de orientação educacional visando o desenvolvimento equilibrado dos indivíduos não são ofertadas. Nesse sentido, a falta de desenvolvimento de habilidades socioemocionais,como a tolerância e a empatia, é um dos principais causadores do bullying, pois, os alunos não são educados a conviver com o diferente e a se colocar no lugar do outro.        A depressão é uma das consequências apresentadas pelas vítimas das humilhações recorrentes. Um exemplo disso, é o caso da protagonista Hannah Baker no seriado "Os 13 porquês". Na trama, a adolescente é vítima de bullying e, muito por conta da inabilidade socioemocional dos colegas, acaba tomando uma medida extrema da depressão, o suicídio. Nessa perspectiva, a realidade não difere da ficção, uma vez que, segundo a OMS, a depressão cresce no mundo e o suicídio é a segunda maior causa de morte entre jovens.       Torna-se evidente, por conseguinte, que os efeitos do bullying na sociedade são, inegavelmente, negativos. Para combater esse mal, é imprescindível que a escola incentive, através de palestras e brincadeiras, o desenvolvimento da tolerância e da empatia com o objetivo de frear a continuidade do bullying. Além disso, é necessário que o Ministério da Educação em parceria com o Ministério da Saúde, ofereça nas escolas atendimento psicossocial para as vítimas de agressões física e emocionais. Sendo assim, o combate ao bullying será eficaz e a dignidade será assegurada a todos, como propõe a DUDH.