Materiais:
Enviada em: 07/09/2017

Depressivo, assustado e irritado, essas são algumas expressões que descrevem a atual situação de diversos jovens brasileiros, que são vítimas de práticas humilhantes e agressivas definidas como bullying. Frente a essa realidade, muito se tem discutido sobre as consequências de tais práticas para a vítima e para a sociedade. Há quem atribua um caráter inócuo a esses atos, e outros que acreditam que o bullying representa um grande mal para o indivíduo e para a coletividade. Em uma análise aprofundada da situação, observa-se que essa prática hedionda causa muitos danos individuais e coletivos e, portanto, deve ser combatido.  Adiante, há quem entenda que as práticas definidas como bullying são brincadeiras dotadas exclusivamente de caráter lúdico sendo, dessa forma, inofensivas. Entretanto, há de se considerar que esses atos causam diversos impactos emocionais à vítima, pois, assim como demonstrado pela série 13 Reasons why( Os 13 porquês), ao crescerem em um ambiente hostil à sua presença, esses jovens desenvolvem quadros psicológicos caracterizados por: raiva, depressão e ansiedade, tal estado pode levar à auto-exclusão e em casos extremos ao suicídio.   Ademais, vale destacar que essas práticas aversivas, além de causarem grande impacto ao indivíduo, geram grandes repercussões sociais, visto que o jovem agredido muitas vezes, busca se vingar de seus "valentões", fitando por fim ao seu sofrimento. Manifestações dessa realidade são observadas constantemente na sociedade por meio de acontecimentos trágicos como, por exemplo, o massacre de Realengo.   Torna-se evidente portanto, que o bullying representa um mal para a sociedade brasileira, devendo ser combatido. Cabe ao Ministério da Educação implementar nas escolas, programas de debate que visem desconstruir concepções preconceituosas presentes nos jovens, fitando promover aceitação à diversidade. Compete às ONGs, voltadas para a área da saúde, realizarem programas de acompanhamento psicológico nas escolas, fornecendo apoio aos adolescentes vítimas de agressões com o objetivo de combater complicações individuais e coletivas decorrentes de tais práticas. Além disso, concebe à mídia, estimular debates nos núcleos familiares, por meio de programas e peças publicitárias, visando coibir a prática do bullying e estimular os jovens vítimas de agressões à conversar com os pais sobre a situação.