Materiais:
Enviada em: 08/09/2017

Bullying: combater ou não?       Segundo Durkheim, a sociedade opera como um organismo. Seguindo esse raciocínio, é preciso que haja coesão e equilíbrio entre os elementos sociais para que não ocorra nenhum colapso. No entanto, a prática do bullying, alimentada por preceitos discriminatórios, é o principal fator que rompe com a harmonia social, tornando-se um impasse à consolidação de uma sociedade pacífica. Em decorrência disso, passa-se a existir diversos problemas enfrentados por vítimas de bullying, podendo-se destacar dois: exclusão social e desenvolvimento de patologias.         Posto que o Código Penal não classifica o bullying como um crime, ele se perpetua na sociedade na forma de brincadeiras com teor depreciativo e humilhações, principalmente em ambientes onde exista relações hierárquicas. No filme ‘’Moonlight’’, o personagem principal é vítima do bullying devido a sua orientação sexual, sofrendo agressões físicas. No entanto, não é só na ficção que essas práticas ocorrem. Na vida real, a vítima do crime, uma vez inferiorizada, sofre também por exclusão social, fomentada pelo medo de se deparar novamente com o opressor. Assim, a harmonia social é interrompida, trazendo sequelas ao cidadão.         Visto isso, o indivíduo que sofre discriminação, sendo ela física ou psicológica, pode apresentar laudos patológicos. Na série ‘’13 reasons why’’, por exemplo, a vítima de bullying comete suicídio. Entretanto, suas consequências podem ser diversas, como: depressão, ansiedade ou baixa autoestima. Além disso, é importante salientar que o bullying pode afetar também adultos e, no ambiente escolar, professores. De acordo com a pesquisa realizada pelo Abrace, 37% dos professores já foram vítimas de casos de discriminação no Brasil. Logo, é possível perceber a constância de tal violência.       Em suma, o bullying precisa ser combatido. Dessa forma, é necessário que o Ministério da Educação crie palestras com professores para o público juvenil nas escolas, mostrando os malefícios à saúde provocados pelo bullying. Como consequência, a sua prática será diminuída entre os jovens. Ademais, o Poder Legislativo deve tornar o bullying um crime, sendo os deputados federais responsáveis pela proposta de lei para aplicação de penas para o bullying. Desse jeito, sua gravidade seria reconhecida. Outrossim, é indispensável que a família ensine princípios sociais básicos aos filhos por meio de conversas, como a tolerância e o respeito. Desse modo, o bullying seria combatido tanto na infância, como na fase adulta e, por conseguinte, os elementos sociais atingiriam o equilíbrio.