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Enviada em: 10/09/2017

Insulto. Humilhação. Desprezo. O bullying é um dos maiores problemas da sociedade contemporânea, intrínseco ao âmbito juvenil. Provoca na vítima, a curto prazo, depressão, dificuldade de socialização e, em casos extremos, suicídio. Dentre várias causas para a ocorrência dessa agressão, destaca-se, além da falta de estrutura do ambiente familiar, a participação dos espectadores no conflito, pois, ao contrário do que muitos pensam, esse é um elemento essencial.       Nem sempre reconhecida como personagem atuante, a plateia é fundamental para a continuidade do conflito. Isso porque um agressor só pratica o bullying se tiver plateia, pois, em geral, tem-se uma necessidade de autoafirmação do mesmo. Além disso, segundo a psicóloga Luciene Tognetta, professora da Unicamp, no momento em que os espectadores riem da vítima ou dizem palavras de incentivo aos agressores, acabam se tornando coautores ou corresponsáveis.        Somado a isso, de acordo com Rousseau, o homem é o produto do meio em que vive. Portanto, o fato do indivíduo possuir uma família disfuncional contribui para que ele tenha práticas agressivas quando começar no convívio social. A falta de diálogo dos pais, práticas de violência e até mesmo abuso fazem com que, na maioria das vezes, essas atitudes sejam reproduzidas pelo jovem no ambiente que ele frequenta, principalmente a escola.       Diante dos fatos supracitados, nota-se a necessidade de providências para a solução dos problemas descritos. Para tal, é imprescindível que a escola faça palestras frequentes acerca do assunto, principalmente destacando a participação da família na ocorrência das práticas de bullying, a fim de conscientiza-la. Ademais, é de responsabilidade do Ministério da Saúde, junto com a mídia, promover campanhas que falem sobre os efeitos do bullying para a vítima - como a depressão e o suicídio -, com foco nos espectadores, para conscientizarem-se de que sua presença traz consequências graves e, assim, diminuir os casos de agressão.