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Enviada em: 11/09/2017

O ápice do século XX foi marcado pelo hediondo massacre de Columbine, em que dois jovens estadienidenses assinaram mais de 10 alunos e professores em sua escola de ensino médio. Ambos haviam desenvolvido comportamento agressivo após anos sofrendo violências diárias em seu meio escolar. No contexto brasileiro, o massacre do Realengo, ocorrido em 2011, abalou a nação ao mostrar as possíveis consequências dessa brutalidade. Com base nisso, é indubitável que a sociedade valorize a luta contra o bullying nas escolas.            Em primeiro lugar, é importante destacar que as agressões cometidas por esses indivíduos são oriundas das experiências e influências absorvidas em seu meio escolar, familiar e social. Nesse conceito, pode-se citar a teoria da tábula rasa de John Locke, segundo o filósofo o ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências. No entanto, estes feitos podem desenvolver nos indivíduos atos catastróficos que corroboram em consequências fatais para si e para a sociedade em que está inserida.         Outrossim, a série americana “Os Treze Porquês”, baseada no livro de Jay Asher, repercutiu mundialmente e alavancou a temática em questão, principalmente entre os jovens. Ao contrário dos fatos já mencionados, a série traz o suicídio como decorrência fatal para a vítima que sofreu agressões físicas e psicológicas e, além disso, enfatiza-se os efeitos manifestados inicialmente como baixo rendimento escolar e isolamento social. A priori, a exclusão das instituições sociais, teoria do sociólogo Émile Durkheim, geram nos indivíduos atos “egoístas” o que impulsionam a cometerem esse pressuposto.          Fica claro, portanto, que o exercício da opressão física e psicológica nas instituições de ensino precisa ser combatido arduamente e em curto prazo. Faz-se necessário que o Ministério da Educação, junto com as instituições de ensino, promova para os pais e professores debates para ensiná-los a identificar o "bully", a fim de educá-los. Também, o governo executivo em parceria com a mídia, grande formadora de opinião, deve reunir-se para informar a população, por meio de novelas, minisséries e comerciais sobre a lei de combate ao bullying, incentivando as vítimas a denunciarem quando sofrerem essas opressões. Talvez, assim, seja possível impedir novos acontecimentos catastróficos como o massacre do Realengo e Columbine.