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Enviada em: 15/09/2017

Segundo Zygmunt Bauman, a falta de solidez nas relações políticas, sociais e econômicas é características da “modernidade líquida” vivida no século XX. A presença da violência ao díspar, denominada bullying, reflete essa realidade. Ademais, tendo em vista que tal prática é um dos principais fatores de depressão e suicídio entre jovens, faz-se preciso uma reflexão, e também, medidas que possam combatê-lo.         Em primeiro lugar, para se entender o problema, é necessário analisar suas causas. Resultado de uma sociedade que dá espaço ao preconceito, o que não se encaixa nos padrões da própria é desrespeitado e sentenciado a uma vida de agressões físicas e verbais, ou seja, o “diferente” não é tolerado. A internet e as redes sociais têm impulsionado esse fator, em vez que, seu poder de propagação e anonimato é usufruído, consequentemente, ataques e ofensas banais são difundidos a todo o momento. O problema, porém, não se resume somente a isso, pois, os resultados são terríveis para a saúde dessas vítimas.        Dentre os efeitos, o que mais parece se destacar é a depressão. Sabe-se, porém, que esse fator é apenas o inicio de uma variedade de problemas que, em conjunto, podem prejudicar ainda mais o indivíduo. O aumento de casos de ansiedade, de fobia, de autoestima negativa e de suicídio prova que a prática do bullying é uma ação errônea que apenas trás malefícios. Com isso, a saúde e o bem-estar tornam-se cada vez mais frágeis e a manutenção à hostilidade mais viril. Em um cenário de perda de respeito ao próximo, é impossível não perceber que a evolução humana, de fato, estagnou-se.       Portanto, medidas são necessárias para a resolução deste impasse. Em primeiro plano, as instituições de ensino, em parceria com ONGs, podem ajudar, promovendo palestras que visam à importância de conviver com as diferenças, assim como projetos que busquem a interação de diversos grupos e etnias ─ a fim de que haja uma conscientização de igualdade, obstando a barbárie das escolas, posteriormente da vida desses indivíduos ─, torna-se imprescindível à presença de psicólogos para auxiliar as vitimas e agressores, evitando resultados extremos. Além disso, a mídia e o poder público, juntos, podem trabalhar a temática e suas consequências, em campanhas publicitarias ou em ficções, levando o debate às famílias evidenciando a relevância da questão, mostrando que saída começa com o respeito. Afinal, como afirmou Sartre: “a violência, seja qual for a maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”.