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Enviada em: 28/10/2017

Na pós-modernidade a sociedade tem avançado muito no que diz respeito ao preconceito. Infelizmente, apesar desses avanços ocorridos nos últimos anos a população brasileira ainda enfrenta diversos manifestações de preconceito principalmente na forma de agressões e xingamentos, que tem ocorrido principalmente entre o público infantojuvenil que pela frequência com que tem ocorrido originou-se o termo em inglês bullying para designar ofensas dessa natureza.          É importante pontuar, de início, que o preconceito é uma das principais causas do bullying, pois na maioria das vezes crianças e adolescentes perpetuam esse comportamento intolerante que muitas vezes está presente no seu próprio âmbito familiar pelo simples fato de reproduzirem o que ouvem de seus pais e familiares. Partindo disso, percebemos o prejuízo causado pelo preconceito analisando o pensamento de diversos filósofos como Voltaire quando diz que o preconceito é uma ideia não submetida a razão, ou seja, uma prática totalmente irracional motivada na maioria das vezes por uma mínima diferença seja física, comportamental ou até mesmo cultural são capazes de difundir no público juvenil comportamentos de extrema violência física e emocional contra os taxados como "diferentes".         Além disso, o que percebe-se na maioria das vezes são que os casos de bullying podem deixar sequelas por toda uma vida ao se observar o desenvolvimento de transtornos psíquicos como síndrome do pânico, agressividade, depressão entre outros, fato esse evidenciado no massacre de Realengo, onde o jovem Wellington de Oliveira entrou armado na escola em que estudou na infância e veio a matar vários alunos a princípio sem nenhum motivo específico, mas que a partir de investigações sobre a vida do jovem constatou-se que o mesmo era vítima de bullying fazendo com que o caso tomasse repercussão ainda maior a respeito desse tipo de violência, que em muitos casos ocorre em silêncio pelo medo das vítimas em denunciar seus agressores.       Urge, portanto, a necessidade de que tanto a mídia quanto a família mostrem ao público infantojuvenil a importância do respeito às diferenças a fim de reduzir os casos de preconceito entre essa faixa etária tão vulnerável e, em paralelo o Ministério da Educação em parceria com as Secretarias estaduais e municipais de educação desenvolva politicas públicas que intensifiquem o debate e fiscalização nos casos de bullying dentro das escolas para que se diminua estes que tanto tem impactado a vida de crianças e adolescentes em nossa sociedade.