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Enviada em: 19/09/2017

Combatendo o bullying no Brasil.         De acordo com pesquisa da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2016, 43% das crianças e adolescentes brasileiros sofreu algum tipo de bullying, agressão intencional física ou verbal feita de forma repetitiva. Apesar de todo o debate sobre o assunto e, também, apresentando uma lei que busca o combate a esse tipo de agressão, a Lei 13.277/2016, esse percentual preocupa quanto a real eficácia das práticas brasileiras em relação ao enfrentamento dessa atividade.       O bullying pode ocorrer em qualquer contexto social como, por exemplo, na vizinhança, em locais de trabalho e na escola. Porém, a maior parte dos comportamentos relacionados começa no ambiente escolar, afetando emocional e fisicamente o alvo da ofensa. A título de exemplo, o massacre ocorrido em Realengo, em 2011, no Rio de Janeiro: o estudante Wellington Menezes de Oliveira, que de acordo com a família sofria com essas práticas intencionais, matou estudantes de uma escola municipal na qual estudou e cometeu o suicídio logo em seguida. Desse modo, foi na escola o local onde as provocações sofridas fizeram - no chegar a essa atitude extrema. Para ilustrar, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), os professores também entram como agressores, seja pela omissão diante de uma situação de bullying em sala de aula, seja pela ridicularizarão na frente de colegas devido ao desempenho escolar. Esse fato revela à necessidade de se repensar a educação no Brasil em relação ao bullying.       Além disso, a dificuldade de identificação de casos de bullying também deve ser considerada. A vítima da agressão esconde o ocorrido e não busca ajuda, muitas vezes, por vergonha. As consequências, que vão da baixa autoestima ao suicídio, como ilustrado no caso citado, podem ocorrer, revelando a necessidade de medidas que imponham limites a perpetuação do bullying no Brasil.       Diante do exposto, é necessário buscar intervenções ainda mais eficazes para o enfrentamento do bullying. Dentre elas, equipar escolas públicas e privadas, por meio do Ministério da Educação, inserindo debates nas reuniões de professores oferecendo, também, dicas de leituras e filmes que possam auxiliá-los na elaboração de projetos para identificação, não omissão e, do mesmo modo, a não ser praticante desse tipo de agressão. Além disso, por meio da inserção de psicólogos, por parte do Ministério da Saúde, para o acompanhamento de crianças e jovens em relação a esse assunto, evitando as consequências citadas.