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Enviada em: 24/10/2017

Para o filosofo inglês, Thomas Hobbes,o homem é o lobo do homem, ou seja, o homem é essencialmente violento contra a sua própria espécie. Nesse viés,vale discutir a pratica do bullying,caracterizada por agressões físicas ou verbais sistematizadas contra um individuo.Na contemporaneidade,tal fenômeno além de provocar sequelas na formação individual,tem sido a raiz para respostas drásticas.    Primordialmente, qualquer prática de violência pode acarretar desvios na formação de um sujeito, especialmente quando isso ocorre na infância.O psicanalista Freud corrobora ao afirmar sobre a importância da vida afetiva, sobretudo na infância, no desenvolvimento cognitivo e social bem como na personalidade do indivíduo. Nesse sentido, as agressões físicas e verbais podem criar cicatrizes na vida adulta. A baixa autoestima, ansiedade e depressão são apenas alguns transtornos que podem ser observados.Ademais,a vítima de bullying na infância pode apequenar-se diante dos agressores, podendo formar um complexo de inferioridade nas relações laborais e aceitar o assedio com normalidade no ambiente profissional,por exemplo.Percebe-se, portanto, que os efeitos do bullying vão além dos muros da infância.     Outrossim,evidentemente, a escola é o local de maior convívio social de uma criança ou adolescente. Infelizmente,a pratica de bullying nas escolas pode trazer à tona respostas radicais da vítima.O indivíduo que sofre hostilidade, somando com a falta de diálogo e de uma base familiar ou apoio escolar para resolver os conflitos, pode ser uma bomba fatal. Eventos como os que ocorreram nas escolas Columbine (EUA), Realengo(Rio de Janeiro), Goiânia(Goiás)ilustram tristes episódios onde as vítimas se revoltaram contra os colegas e recorrem ao uso de armas para se vingarem, ceifando várias vidas.Essa triste eclosão pode ser evitada quando o tema em questão é referido com seriedade.     Nota-se, portanto, que o bullying é um fenômeno ponderoso e urge medidas para que suas implicações sejam evitas. Desse modo, deve existir uma forte aliança entre pais e educadores.Os pais devem efetuar um papel ativo na vida dos filhos, educando-os sobre empatia e alteridade.Os filhos devem ser ouvidos atentamente e aconselhados sobre a importância da comunicação quando estiverem no lugar de vítima ou testemunha. As instituições de ensino, por sua vez, no papel de agentes socializadores,devem oferecer apoio psicológico quando necessário. De maneira análoga, devem criar canais de denuncia para facilitar o diálogo.Por fim,o Ministério da Educação deve capacitar os professores em sua formação pedagógica para enfrentar adequadamente o bullying. Através dessas ações a luta contra o bullying se fortalece e o pensamento de Thomas Hobbes poderá ser contrariado.