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Enviada em: 29/09/2017

No conto "Frederico Paciência", Mario de Andrade retrata a amizade de dois meninos e como ela é afetada pelos preconceitos da época evidenciados nas implicações de seus colegas de classe. Infelizmente, episódios como esse ainda acontecem - denominados de bullying - mas precisam extinguir-se, visto que geram graves consequências sociais e individuais.    Em primeiro lugar, é preciso compreender que essa prática afeta a todos. Para Durkheim, a sociedade é como um organismo vivo e as instituições sociais, como escola e família, são seus órgãos vitais. Dessa forma, a falha em um destes, já que são responsáveis pela educação moral, compromete todo o sistema. Isso é exemplificado por uma pesquisa da Universidade de Cambridge cujos resultados apontam que pais violentos tendem a criar filhos agressivos na escola,  no trabalho e na própria família.     Nesse sentido, as implicações que essa prática acarreta ao indivíduo tornam-se ainda mais sérias. Por acontecer, geralmente, em fases de amadurecimento físico e mental, como a infância e a adolescência, as agressões contínuas alteram a liberação hormonal dos afetados e, consequentemente, afetam o crescimento saudável e provocam transtornos psicológicos como ansiedade e depressão. Estas, por sua vez, elevam a incidência de suicídios na faixa etária e justificam o sucesso de jogos como Baleia Azul, que, por meio de desafios, ajudam jovens a tirarem suas próprias vidas.     Portanto, fica claro que o bullying prejudica mais do que apenas o indivíduo agredido e, por isso, deve ser combatido. Para eliminá-lo, é preciso que mídia e a escola conscientizem as famílias sobre suas consequências e formas de combate através de novelas, desenhos infantis, palestras e atividades. Fazendo isso, é possível garantir que crianças como Juca e Frederico não sofram mais com a intolerância.