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Enviada em: 26/09/2017

Ofender, agredir e humilhar são exemplos de bullying. Essa palavra relativamente nova no vocabulário brasileiro é amplamente observada em filmes infantojuvenis, como em “Meninas Malvadas” ou “O diabo veste Prada”. Desse modo, percebe-se que a violência transcende os ambientes escolares e se reflete em toda sociedade.       Primeiramente, Cabe destacar que, de acordo com Rousseau, o homem nasce bom, mas é corrompido pelas relações sociais estabelecidas. Nessa perspectiva, o bullying é reflexo de uma sociedade doente que firma relações onerosas entre o agredido e o agressor, sendo ambas vítimas. Já que, o agressor aprendeu socialmente que para impor sua soberania deve violentar física e/ou moralmente outro indivíduo que não partilha do seu ponto de vista. Ao propagar isso cria-se um ciclo vicioso.       Além disso, recentemente a Netflix lançou uma série intitulada, em português, “Os 13 porquês”. Essa obra retrata com seriedade os motivos que levaram uma estudante secundarista a cometer suicídio, entre os motivos destaca-se o cyberbullying. Durante a ficção é possível identificar várias alusões ao “fato social”, defendido por Durkheim. Segundo ele, fatores externos ao Ser o levam a cometer determinadas ações como o suicídio na série. A prova disso é que após o lançamento os pedidos de ajuda aumentaram 400% de acordo com o CVV, isso mostra que o bullying ainda é um problema enraizado na sociedade.       Sendo assim, ações pedagógicas são necessárias para evitar que essa violência continue a se perpetuar. A escola, como formadora cidadã, deve estar preparada para combater os primeiros sinais da violência, instruindo os servidores para que percebam sinais de bullying entre alunos. O conselho tutelar deve aplicar legislações já vigentes, com o objetivo de reeducar os agressores de forma efetiva. Somente assim, esse problema poderá ser resolvido e suas consequências, como o suicídio, não será mais uma realidade na sociedade.