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Enviada em: 27/09/2017

O preconceito se forma na escola. São frequentes os casos de atos de discriminação dentro do ambiente escolar. O chamado bullying, além de mostrar que o brasileiro continua preconceituoso, tem gerado sérios problemas psicológicos e físicos que repercutem inevitavelmente na sociedade.       De acordo com pesquisa elaborada em 2014, em que foram entrevistados 700 professores, quase 40% afirmaram já ter sofrido bullying de alunos, sendo os casos principalmente relacionados a homofobia e racismo. Assim, visto que as opiniões e noções de vida das crianças e adolescentes são formadas pelo seu círculo social, com destaque para a convivência familiar, nota-se que a exteriorização de discursos e atos preconceituosos no ambiente escolar reflete uma perpetuação de tais condutas na sociedade como um todo.             Ademais, do ponto de vista individual, o "bullynado", ao ser tratado como inferior, passa ele próprio a se ver como tal, acarretando tanto problemas de caráter social, caracterizados pela desconfiança e o medo de relações sociais, quanto de saúde, como ansiedade, insônia, e até depressão. Portanto, além de poder passar a apresentar problemas em se relacionar com outros, o indivíduo que sofre esses assédios pode vir a desenvolver doenças que, em casos mais graves, são passíveis de levar a morte.             Diante do exposto, uma forma de minimizar a ocorrência do bullying nas escolas seria incentivar a instauração da disciplina Ética nas escolas, podendo ser feito por esforços conjuntos dos governos municipais e estaduais. A ética visa propagar conceitos universais de respeito e igualdade, e contribuiria na conscientização dos alunos, mostrando-lhes que todos são iguais e devem, apesar das individualidades de cada um, ser tratados com idêntico valor.