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Enviada em: 27/09/2017

Na série de quadrinhos "Turma da Mônica", Cebolinha é um valentão que persegue e insulta Mônica por seu excesso de peso e dentes grandes. Fora dos gibis, o bullying ainda é uma realidade no Brasil, sendo crianças e adolescentes sua maiores vítimas, posto que tal prática é indubitavelmente mais presente nas escolas. Dessa forma, é necessário que haja uma interação entre pais e professores para a tomada de medidas que resolvam definitivamente a questão.    Bullying é o ato de violência física ou psicológica, intencional e repetitivo, praticado por indivíduo ou grupo, contra outro(s). Segundo o filósofo Jean-Paul Sartre, qualquer tipo de violência é uma derrota. Assim sendo, no âmbito escolar a pratica é muito comum e é considerada o maior problema de convivência entre alunos, haja visto que as agressões, na maioria das vezes, acontecem sem o conhecimento de pais e professores. Isto é, os valentões tentam exercer sua autoridade e sentem-se superiores a partir do momento que conseguem magoar e humilhar suas vítimas. Destarte, o resultado é uma insegurança e medo que atrapalham o rendimento e não torna o ambiente propício para aprendizado.    Ademais, o bullying traz consequências comportamentais, emocionais e sociais como transtornos de ansiedade, baixa auto estima, depressão e em alguns casos a vítima opta por soluções trágicas como suicídio ou vingança através de violência. O canal de entretenimento Netflix lançou recentemente a série norte americana "13 Reason Why" (Os 13 Porquês), que retrata a história de uma adolescente que se suicida em decorrência da difamação, assédio e bullying sofridos na escola. Devido ao grande sucesso entre os jovens brasileiros, redes sociais como Twitter e Facebook lançaram uma campanha com a hashtag "Não Seja Um Porquê", incentivando a não propagação do bullying e divulgando o CVV (Centro de Valorização da Vida), para que as vítimas obtenham ajuda e orientação.    Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Os pais e/ou responsáveis precisam proporcionar um ambiente seguro para os filhos, devem ser mais participativos na vida domiciliar e estudantil dos mesmos, aconselhando-os a não praticarem e nem serem omissos ao bullying. E, também, os professores em parceria com pais e psicólogos, precisam incentivar a solidariedade, a generosidade, a convivência e o respeito às diferenças por meio de palestras, trabalhos didáticos e campanhas de incentivo à paz e a tolerância. De acordo com Immanuel Kant, o ser humano é aquilo que a educação faz dele. Outrossim, a mídia deve criar parcerias com o MEC, juntamente com as redes sociais, divulgando campanhas informativas incentivando a sociedade a respeitar as diferenças. O diálogo é a melhor defesa contra esse tipo de violência.