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Enviada em: 03/10/2017

Em 2011, uma chacina chocou todo o Brasil. Wellington Menezes, na época com 23 anos, entrou armado em sua antiga escola, matou 12 estudantes e se matou em seguida. Tal atrocidade foi motivada pelo bullying que o jovem sofreu quando era aluno. Esse caso deu maior visibilidade ao problema, que acontece quando um indivíduo ou grupo intimida, persegue e/ou agride outro. Em geral, os agressores já tem dificuldades familiares e psicológicas e a vítima acaba por adquirir distúrbios.        Em primeiro lugar, é preciso falar dos agressores. Em pesquisa do IBGE, em média 25% dos entrevistados relataram ter praticado o bullying não só nas escolas, mas em qualquer lugar que frequentam. Quem realiza pode estar procurando uma forma de ser reconhecido, de obter respeito, e encontra na intimidação um meio para isso. Se não corrigido, esse jovem pode se tornar um adulto hostil, violento, que propaga essa personalidade e que comete brutalidades cada vez piores.        Em segundo lugar, mas não menos importante, está a situação das vítimas. Vale ressaltar que estas não são somente alunos, mas também professores e funcionários. Estudo mostra que a principal causa para a agressão é a homossexualidade, seguido de ser negro, nordestino, pobre, deficiente físico e mulher. Os atingidos tem o hábito de se esconder do perseguidor, não revidam e sofrem calados, desenvolvendo quase sempre transtornos depressivos. A escola e a família por vezes se omitem, agravando ainda mais o cenário, pois a vítima tende a se culpar.        Fica claro que medidas são necessárias para erradicar o bullying, e seus efeitos na sociedade não mais existirão. Punir os agressores não é o caminho. Deve-se tratar a causa das ações, e faze-los entender o quão prejudicial são suas atitudes. Para isso, instituição e família, em conjunto com psicólogos, devem colocar em prática a lei já existente. Fica a cargo do poder público fiscalizar e provir meios para a execução dessa lei. Assim, será possível evitar que novas tragédias, se repitam, por causa do bullying.