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Enviada em: 02/10/2017

Na obra "Modernidade Líquida", do sociólogo polonês Zygmunt Bauman, o mal-estar da pós-modernidade é a principal responsável pela artificialidade das relações sociais e, consequentemente, de tornar os indivíduos incapazes de exercer a empatia. Sendo assim, essa incapacidade de se colocar no lugar do outro está ligada, diretamente, à intensa propagação do ódio gratuito, no contexto hodierno, principalmente na forma de bullying. Portanto, torna-se evidente que o bullying e seus efeitos, no Brasil, é preocupante. Diante desse contexto, é indubitável que devam-se atentar à omissão das famílias e a negligência das escolas.        Em primeira análise, cabe pontuar que a ínfima participação das famílias frente a prática do bullying sob ou dos seus filhos é uma das causas cruciais do porquê essa realidade perpetua. Visto que o mundo hipercapitalista o qual vivem, exige uma necessidade cada vez maior de se trabalhar incansavelmente, enquanto isso, participar do processo educativo de seus filhos ficou em segundo plano. Entretanto, convém frisar que é imprescindível proporcionar um ambiente acolhedor e seguro para que a criança se sinta confortável em relatar e desabafar os medos do seu cotidiano. Desse modo, percebe-se que o diálogo é a base para uma educação sólida.       Dentro dessa ótica, vale afirmar, ainda, que a negligência das escolas contribuem e potencializam o bullying. É indispensável enfatizar que essa violência ocorre majoritariamente dentro dos colégios, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Dessa forma, torna-se evidente que a escola, como instituição socializadora, é falha. Além disso, é importante salientar que essas agressões, sejam elas verbais, físicas ou psicológicas, possuem uma grande responsabilidade na formação do individuo. Uma prova disso, está no isolamento, baixo auto-estima, prejuízo da saúde mental que o bullying poderá gerar na pessoa que é submetida à esse tipo violência.      Destarte, medidas são necessárias para atenuar os efeitos do bullying na sociedade brasileira. É incontrovertível a necessidade de uma ação conjunta da escola e da família de modo a garantir a formação do indivíduo com base no diálogo. Dessa maneira, cabe à escola desenvolver worshops, palestras e gincanas, uma vez por semana, afim de garantir uma maior interação dentro das famílias. E somado a isso, a família possuir um olhar mais atento ao comportamento dos seus filhos. Ademais, é de suma importância o trabalho do Ministério da Educação (MEC) juntamente à psicólogos, com o intuito de proporcionar assistência pedagógica e psicológica à vítimas e agressores. Logo, compete ao MEC instituir comissões nas escolas para proporcionar segurança em denunciar as agressões e acompanhamento psicológico dos envolvidos, para que aja uma maior segurança dos alunos.