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Enviada em: 07/10/2017

O ano de 2011 no Brasil foi marcado pelo episódio do Massacre de Realengo no qual um ex-aluno da escola, vítima de bullying durante anos e motivado pelo desejo de vingança, atirou e matou vários estudantes da instituição. Esse ocorrido suscitou na sociedade o debate acerca dos efeitos do bullying. Portanto torna-se essencial analisar suas consequências e as motivações do agressor.      Parafraseando o filósofo Sartre, a violência independente da maneira que se manifesta é sempre uma derrota. Essa afirmação se torna indubitável ao se analisar o efeitos derrotistas que tais atitudes agressivas e repetitivas acarretam nas vítimas. Dentre tais efeitos, salienta-se a falta de perspectiva e impotência da vítima mediante a  situação, podendo  leva-la a desenvolver sintomas como  a ansiedade, isolamento social,  depressão e em casos mais extremos recorrer ao suicídio.     Além disso, também cabe analisar um outro protagonista na situação, o agressor. Segundo o filósofo John Locke, o ser humano é como uma tela em branco que é preenchida por experiências e influências. Com base nisso pode-se levar em consideração que a violência exercida pelos praticantes do bullying tem origem no âmbito familiar através de familiares que também apresentam condutas agressivas. Logo é incontrovertível que a conduta do agressor configura-se como uma reprodução do que ele presencia em seu lar.    Destarte, medidas devem ser tomadas para resolver o impasse. Primeiramente, é necessário que o Ministério da Educação, organize dentro das escolas palestras ministradas por psicólogos, alertando sobre as consequências do bullying e incentivando a denuncia do agressor.  Ademais é essencial que o Poder público fiscalize e assegure o cumprimento da sanção presente no Diário Oficial, que determina a implantação de equipes pedagógicas dentro dos colégios, auxiliando nos casos de bullying. Somente assim, a problemática do bullying poderá se atenuar.