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Enviada em: 05/10/2017

Peso, cor de pele, orientação sexual, gênero, origem cultural. Esses são alguns exemplos de características naturais de indivíduos brasileiros que, geralmente, sofrem bullying em escolas e outros espaços de convívio. A prática bulinadora, que é caracterizada por assédios de tons físicos e psicológicos, promove efeitos adversos no funcionamento social e tem origem, principalmente, nas relações familiares. Como combater esta realidade que implica na harmonia?    Primeiramente, é preciso analisar as consequências da prática de bullying. As vítimas de tal agressão, normalmente, sofrem quietas, não avisando aos responsáveis sobre os acontecimentos. O acúmulo de agressões sofridas pode desencadear um conjunto de problemáticas, como depressão, suicídio, distúrbios psicossociais e transtornos alimentares, além de formar adultos com dificuldades de conviver em sociedade. Todo esse contexto quebra o que o sociólogo Émile Durkheim classificou como corpo biológico, no qual o todo social só funciona a partir da interação entre as partes.     Além disso, é necessário entender que as práticas de bullying tem, comumente, origens familiares. Um indivíduo, que é agressor, tem o intuito de demonstrar segurança, superioridade e domínio, sendo que essas ações são reflexos de um ambiente familiar opressor e mal estruturado. Muitas vezes, o praticante do bullying está somente replicando o que ele observa ou convive em casa, através das atitudes de seus pais ou responsáveis.    Destarte, é evidente que o bullying é um problema de cunho social e deve ser combatido. Para isso, escolas de ensino básico precisam elaborar, em conjunto com psicólogos e assistentes sociais, campanhas para a sensibilização de pais e alunos, abordando sobre os efeitos nocivos do bulliyng nos âmbitos de convívio. Aos pais, cabe o empoderamento dos seus filhos, para que esses possam lidar com práticas bulinadoras da forma adequada, avisando os responsáveis educacionais sobre possíveis práticas, para que os agressores sejam identificados e soluções sejam aplicadas a eles, alcançando então, a longo prazo, a harmonia que é essencial.