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Enviada em: 05/10/2017

Não é difícil lembrar uma cena na qual um jovem é ofendido devido a sua orientação sexual ou etnia. Essa imagem tornou-se frequente nos dias de hoje, visto que vivemos em uma sociedade em que a violência verbal ou física entre os indivíduos é, muitas vezes, negligenciada. Nesse contexto, torna-se imprescindível debater os efeitos negativos ocasionados pelo bullying; prática causada, sobretudo, pela falta de integração entre os agentes familiares e educacionais e pelos avanços informacionais que propiciaram uma maior impunidade dos agressores.     Um dos tópicos que devem ser abordados é ausência na comunicação dos meios nos quais a vítima encontra-se inserida. Nos últimos meses, uma lei que obriga as escolas e clubes combaterem a prática do bullying ganhou grande repercussão, nas mídias. É inquestionável que esse evento não represente um grande passo em direção ao combate da violência, no entanto sem o apoio dos pais essa iniciativa não irá suscitar a eficácia desejada. Nesse sentido, a base familiar torna-se essencial na identificação de sinais comportamentais nos jovens que apontem qualquer tipo de agressão, posto que as instituições, muitas vezes, não têm os recursos necessários para acompanhar todos os indivíduos. Dessa forma, é primordial que os espaços educacionais garantam uma interação com a comunidade, além de fornecer-lhe as ferramentas necessárias para reconhecer o problema.      Ademais, não há dúvidas que o crescimento no uso das redes sociais tenha contribuído para perenizar o impasse. Com a 3ª revolução industrial houve uma transmutação na forma como as pessoas se comunicam, logo, o uso de plataformas como o Facebook foram disseminadas rapidamente. Nesse contexto, o bullying ganhou novas dimensões, uma vez que no meio virtual há a possibilidade de o indivíduo manter a sua identidade oculta. Por conseguinte, é possível relacionar esse cenário com o crescimento no número de suicídios de jovens, visto que estes não possuem o emocional plenamente desenvolvido podendo, assim, serem acometidos por distúrbios psicológicos. Diante disso, percebe-se a necessidade de mecanismos para reverter essa situação.   Portanto, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em primeiro lugar, o Ministério da Educação junto as Escolas devem realizar atividades mensais, como reuniões entre professores e pais, nas quais haverá uma inserção destes últimos no âmbito acadêmico. Nesse contexto, também, devem ser realizadas palestras que auxiliem na identificação de sinais de agressão. Dando continuidade, a polícia federal junto ao Ministério da Justiça irá criar um canal de denúncias para crimes de cyberbullying, no qual as queixas serão processadas e investigadas, revelando os agressores. Só assim, os efeitos negativos do bulliyng deixarão de ser uma realidade na sociedade contemporânea.